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Lula diz que Palocci errou ao violar sigilo de caseiro

Congresso em Foco

18/9/2006 | Atualizado às 12:31

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O presidente Lula admitiu, pela primeira vez, que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci teve participação na violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa. Segundo o presidente, Palocci foi demitido por não ter "o direito de utilizar o poder de ministro para ir atrás do caseiro". Essa foi uma das revelações feitas por Lula durante entrevista concedida a jornalistas da Folha de S. Paulo, do Valor Econômico, do SBT e do site Terra Magazine, durante viagem de campanha feita pelo petista pelo Norte e Nordeste.

Na entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha, Lula diz que uma das únicas frustrações que têm é a falta de votos entre as camadas mais ricas da população. "Agora, a única frustração que eu tenho é que os ricos não estejam votando em mim. Porque eles ganharam dinheiro como ninguém no meu governo. No meu governo, as empresas ganharam mais que os bancos", afirmou o presidente.

Lula saiu em defesa do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas pelos empresários Darci e Luiz Vedoin. "Eu tenho ótima relação com o José Serra. Aquilo que eu disse hoje (sábado) de manhã para a imprensa (Lula defendeu o tucano da acusação de envolvimento com sanguessugas) é absolutamente verdadeiro. Ah, mas saiu uma manchete contra o Serra. E daí? Sair uma manchete contrária não prova nada. Eu quero saber é se essa manchete pode ser desmentida amanhã. Eu tenho boa relação com o Serra. Em 2002, fizemos uma campanha de nível muito elevado. Não houve agressão, nos tratamos como companheiros."

Sobre o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que não tem nada contra o seu antecessor, mas voltou a se queixar do comportamento do tucano. "Absolutamente nada (contra). A única coisa que eu lamento é que ele não tenha sabido se comportar como ex-presidente da República. Um ex-presidente não dá palpite, um ex-presidente fica quieto. Um ex-presidente, antes de julgar os outros, olha o que fez. Sabe, no Brasil, o único cara que sabe se portar é o presidente Sarney. Ele foi achincalhado pelo Collor e nunca fez julgamento do Collor", declarou.

Lula também negou que tenha defendido o fechamento do Congresso, durante jantar com um grupo de empresários, como única alternativa para que o Brasil alcance o ritmo de crescimento da economia chinesa. "Isso não tem cabimento. Isso eu não disse."

Leia alguns dos principais trechos da entrevista:

Palocci
"O Palocci cometeu um erro diferente de outros. Porque ele teve o problema da quebra do sigilo do caseiro. E eu entendi que o ministro da Fazenda não tinha o direito de utilizar o poder de ministro para ir atrás do caseiro investigar. O Palocci, eu entendia que tinha que ser afastado porque era impossível [permanecer pelo motivo de] que o Ministério da Fazenda tivesse pedido para quebrar o sigilo do caseiro. [...] Elogio o Palocci até hoje. Acho que o Brasil deve ao Palocci. E o Brasil precisa agradecer o que o Palocci significou para este país."

Voto dos ricos
"Agora, a única frustração que eu tenho é que os ricos não estejam votando em mim. Porque eles ganharam dinheiro como ninguém no meu governo. No meu governo, as empresas ganharam mais que os bancos. Teve mais crédito que nunca. Depois de vinte anos a construção civil começou a se recuperar fortemente. Então essa é minha única frustração."

Apoio dos mais pobres
"Se você não tomar cuidado ao fazer a pergunta, alguém pode interpretar que precisamos mudar de povo. Eu perdi três eleições porque o povo pobre tinha medo de mim. Não acreditava em um igual a ele. E agora eu estou ganhando porque o povo descobriu que um igual pode fazer por ele o que um diferente não conseguiu fazer. Sempre tive muito voto nos setores da sociedade organizada, de mais de cinco salários mínimos. Isso (o patamar histórico de votos nesses setores) está se mantendo."

Fechamento do Congresso
"Isso não tem cabimento. Isso eu não disse. Eu tenho falado muitas vezes sobre a China, que lá é mais fácil, não tem Congresso, não tem estudante, não tem greve, não tem sindicato, como na democracia brasileira. Mas o Congresso já está fechado. Ele não funciona, ele se autofecha. Tem cabimento o Congresso não funcionar em época de eleição?"

Efeitos do mensalão
"Não é isso o que determina o voto no Brasil. Se isso determinasse o voto no Brasil, essa gente escolheria melhor quem ajudar nas campanhas. Porque cada deputado eleito teve alguns patrocinadores. Perguntem aos que financiam campanhas se têm coragem de dizer para quem deram o dinheiro."

Aécio Neves
"É meu amigo, um companheiro que conheço desde a Constituinte. É uma figura extremamente civilizada, que sabe ser companheiro, que sabe até na divergência política ser cordato. Eu tenho muitos amigos. Muitos. Só não é meu amigo quem não quer. Se quiser, eu estou de braços abertos."

Geraldo Alckmin
"Eu não tenho nada contra o Alckmin, gente! Eu não tive amizade com o Alckmin. Eu tive amizade com o Mário Covas, com o Serra, com o Fernando Henrique. Mas com o Alckmin eu tive uma relação institucional muito civilizada. Então eu quero preservar isso. Se ele não quer, o problema é dele. Não fica bem para ele [fazer ataques na campanha eleitoral]. Médico não pode ser agressivo. Senão, como fica o paciente?"

Pacto com oposição

"O que eu quero é propor um pacto de responsabilidade com o país. Estabelecer quais são os principais projetos que interessam a todos os brasileiros, como o Fundeb, a lei das micro e pequenas empresas. É um pacto de bom senso. É todo mundo tomar remédio contra azia de manhã e se encontrar no Congresso para discutir."

Debate
"Veja, eu acho engraçada a inquietação que as pessoas têm. Em 1998, ninguém perguntou para o Fernando Henrique Cardoso (o motivo de ele não ir aos debates). É um direito democrático alguém convidar (para um debate) e é tão democrático quanto a recusa. A democracia não é uma moeda que só tem uma face. Ela tem duas faces. Não sei (se vai ao debate da TV Globo com outros candidatos). Eu quero saber o que eu ganho, o que eu perco. Sou presidente da República independentemente de estar candidato. Eu não posso expor a instituição da Presidência. Não é um problema de estar na frente (nas pesquisas). Em 2002 eu estive sempre na frente e fui a todos os debates. Sou fissurado em debates."

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