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Congresso em Foco
8/9/2006 17:48
O presidente Lula rebateu hoje parte das críticas feitas em carta aberta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que ontem o acusou de ser responsável pela "podridão reinante" e de não ter "condições morais" para governar o país. O tucano também disse que Lula transformou os programas federais de assistência social de "direito do cidadão" em "benesse do papai-presidente".
No Rio, onde fez campanha, Lula rebateu as declarações de seu antecessor, dizendo que alguns setores da sociedade ficam "incomodados" pelo volume de recursos destinados aos programas sociais em seu governo. "Tem gente achando até que pobre não pode votar porque sabe que vai votar em mim", disse.
"Saímos de R$ 7 bilhões, que se gastavam com políticas sociais nesse país, para R$ 23 bilhões. (Tem gente que acha) que tem muito mais coisa para se fazer do que cuidar de pobre. Eu acho que não tem nada mais sagrado que um governo gastar com seus filhos", disse ele, ao receber o apoio formal de uma associação de pastores e bispos da Assembléia de Deus, maior igreja evangélica do país.
Lula comparou o tratamento que o governo deve dar aos mais pobres, em sua opinião, ao tratamento que uma mãe deve dispensar aos seus filhos. "Essa é uma lição de vida que a gente não aprende na universidade e nem no curso de pós-gradução no Brasil ou no exterior", afirmou. O presidente declarou que, em um eventual segundo mandato, vai manter a política de gastos sociais, "incomodando as pessoas que vocês sabem que nós incomodamos".
O petista também fez uma crítica indireta a FHC ao lembrar sua relação com os evangélicos. Segundo Lula, havia um presidente, "eleito com o apoio dos evangélicos", mas que tinha vergonha dessa relação e que somente se reunia com os religiosos "à noite". "Tem gente que tem vergonha. Estudou tanto, que acha que estar do lado de evangélico é atraso", disse ele.
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