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A queda do homem forte de Lula

Congresso em Foco

28/3/2006 | Atualizado às 6:16

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O caseiro Francenildo Santos Costa fez, com uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e um depoimento interrompido pela metade à CPI dos Bingos, algo que anos de investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo não conseguiram: tirar do Ministério da Fazenda o médico Antonio Palocci, o mais forte ministro do governo Lula. 

Palocci era investigado por manter, quando prefeito de Ribeirão Preto (SP), relações irregulares com fornecedores da prefeitura, além de ter sido acusado por um ex-assessor - Rogério Buratti - de receber uma mesada de R$ 50 mil da empresa Leão Leão, responsável pela limpeza urbana do município.

Caiu, porém, porque foi desmentido de público por Francenildo, que garantiu ter visto o ex-ministro várias vezes em uma mansão do Lago Sul, em Brasília, que a crônica política recente tornou famosa. Ali, entre festas com garotas de programa, funcionaria a sede dos lobbies articulados pela chamada "república de Ribeirão Preto".  

Palocci será substituído pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, cuja escolha foi confirmada oficialmente às 19h45 de ontem. Mantega será sucedido por Demian Fiocca, vice-presidente do BNDES.

Antes de autorizar sua assessoria de imprensa a anunciar seu afastamento, pouco depois das 17h, o ministro fez de tudo para não deixar o governo Lula em circunstâncias tão constrangedoras. Sem as prerrogativas garantidas a ministros de Estado, corre agora o risco de ser indiciado por uma série de irregularidades cometidas durante sua administração em Ribeirão Preto.

Mas sua exoneração já estava decidida desde sexta-feira, quando o presidente Lula se convenceu da responsabilidade do Ministério da Fazenda em relação ao vazamento dos dados bancários de Francenildo, atrapalhada e ilegal operação realizada entre os gabinetes da Fazenda e da Caixa Econômica Federal para desqualificar o depoimento do caseiro.

No domingo, os dois combinaram como seria feito o anúncio. Palocci apresentaria a demissão como um ato espontâneo, que ele teria tomado em razão da falta de condições políticas para continuar desempenhando a função.

Mattoso complica Palocci

Enquanto era confirmada a demissão de Palocci, na Polícia Federal, o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, encerrava o depoimento no qual admitiu ter entregue pessoalmente ao ministro - seu superior hierárquico - o extrato obtido a partir da quebra do sigilo da conta de poupança que o caseiro mantinha na CEF. Mattoso, que também deixou o cargo ontem, foi indiciado pela PF por quebra do sigilo funcional. Maria Fernanda Ramos Coelho, funcionária de carreira da instituição há 22 anos, assume o comando do banco.

Os dados bancários de Francenildo foram entregues à revista Época, que considerou suspeita a movimentação de R$ 25 mil, entre janeiro e fevereiro deste ano, na conta de poupança do caseiro.

Em carta enviada ao presidente Lula, Palocci, negou qualquer participação no vazamento ou na quebra do sigilo dos dados bancários do caseiro Francenildo Santos Costa. "Não tive nenhuma participação, nem de mando, nem operacional, no que se refere à quebra do sigilo bancário de quem quer que seja. Reafirmo ainda que não divulguei nem autorizei nenhuma divulgação sobre informações sigilosas da Caixa Econômica Federal", afirmou ele no documento (leia a íntegra).

Em nota (leia a íntegra), Mattoso tentou descaracterizar seu gesto como violação do sigilo bancário. Disse que atuou "nos estritos limites da legalidade" ao levar informações de movimentações "atípicas" ao conhecimento do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), subordinado a Fazenda, e ao próprio Palocci: "Cumprindo meus deveres funcionais e sem que isso de forma alguma representasse quebra indevida de sigilo (...) comuniquei o fato à autoridade superior à qual a Caixa encontra-se vinculada."

Núcleo desfeito

Além de principal auxiliar do governo federal, Palocci era um dos raros sobreviventes do grupo com maior peso na campanha eleitoral de Lula e no processo de transição, em 2002. Desse grupo, sobrevivem incólumes Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República, e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Caíram em desgraça José Dirceu (PT-SP), que perdeu o mandato de deputado depois de ter sido afastado da Casa Civil; o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno (RJ), que assessorou Dirceu na Casa Civil e hoje responde a diversos inquéritos; o marqueteiro Duda Mendonça, outro alvo de várias acusações; e o ex-ministro Luiz Gushiken, hoje ocupante de um cargo de importância menor (chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República).

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