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Congresso em Foco
9/11/2023 | Atualizado às 13:20
Aumento de exceçõesO parecer de Braga aumentou o número de setores com tratamento especial na reforma tributária. Uma das principais alterações nesse sentido foi o estabelecimento de uma alíquota intermediária. Segundo o texto da Proposta de Emenda à Constituição aprovado na Câmara, haveria 3 níveis de alíquotas no novo sistema tributário:
Cashback e cesta básica estendidaAtendendo ao lobby do agronegócio, o Senado aumentou o número de produtos que terão alíquota reduzida na tributária. Inicialmente, a PEC criava somente a Cesta Básica Nacional. Com o objetivo de combater à fome, itens básicos para a alimentação dos brasileiros terão alíquota zero. A isenção de impostos, seguindo o texto de Braga agora aprovado, considerará as diferenças regionais. E, além dessa medida para combate à fome, a reforma tributária conta agora com uma cesta básica estendida. Nesse outro conjunto de produtos serão incluídos itens não essenciais, com alíquota reduzida em 60%. Os itens das cestas básicas nacional e estendida só serão definidos por lei complementar. Se a tributária for promulgada ainda em 2023, as definições de detalhes devem vir em 2024. A cesta estendida contará ainda com cashback para as famílias mais pobres. O mesmo grupo também terá o imposto pago devolvido no que diz respeito à energia elétrica a ao gás de cozinha. Assim como os itens das cestas, como serão indicados os beneficiários do cashback e qual será a porcentagem para o retorno de impostos só devem ser definidos por lei complementar.
Setor automotivoDurante a votação da reforma tributária na Câmara, os deputados derrubaram um trecho do texto pela falta de um voto. Essa parte foi votada em separado e para permanecer na Proposta de Emenda à Constituição precisava de 308 votos - conseguiu só 307. O trecho negado pelos deputados prorroga benefícios para indústrias das regiões Norte e Nordeste até 2032. Também ampliou os benefícios para fabricantes de veículos nas duas regiões e no Centro-Oeste. Braga retomou a prorrogação para o setor automotivo nas regiões. Manteve a regra de que a prorrogação só vale para plantas já existentes, sejam para projetos já em andamentos ou novos projetos que irão utilizar essas plantas. No entanto, a retomada veio com uma novidade: o incentivo a descarbonização e a incorporação de novas tecnologias ao setor automotivo brasileiro.
Conselho FederativoUm dos principais temas de preocupação para os senadores desde o início, o Conselho Federativo perdeu poder com as mudanças no Senado. As críticas ao colegiado iam do protagonismo dado ao Sudeste, com o critério de população para a tomada de decisões, a possibilidade de o conselho apresentar projetos de lei. Em seu relatório, Braga retirou a ingerência política do colegiado, que agora se chamará Comitê Gestor do IBS. Ou seja, o colegiado não terá poder para decidir questões federativas ou tomar decisões que poderiam ser discutidas pelo Congresso Nacional. Além disso, o presidente do Comitê precisará passar por sabatina no Senado. Os integrantes do órgão devem ser servidores de carreira da administração tributária. Outro ponto é que o colegiado irá reter a parcela do imposto que deve ser devolvida por cashback para a população mais pobre. Os procedimentos para essa transferência devem ser estipulados por lei complementar.
Fundo de Desenvolvimento RegionalSendo a Casa da Federação, o pedido dos governadores para aumentar o Fundo de Desenvolvimento Regional teve mais força. Com isso, o governo Lula (PT), aumentou de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões os recursos do fundo. Os R$ 20 bilhões a mais serão distribuídos ao longo de 10 anos a partir de 2034. Os recursos serão distribuídos com base no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e na população, em uma proporção de 70% pelo FPE e 30% pela população. Uma das principais mudanças da reforma tributária é que a cobrança de impostos passará a ser feita no destino da mercadoria ou serviço e não mais na origem. Além disso, um dos pontos da PEC é acabar com a guerra fiscal entre os estados, no qual cada um dava benefícios fiscais para atrair investimentos para a sua região. Com isso, o Fundo de Desenvolvimento Regional compensará perdas de receita para investir em infraestrutura e desenvolvimento para a geração de empregos.
Imposto SeletivoBraga retirou a incidência da taxa para bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente dos produtos concorrentes aos produzidos na Zona Franca de Manaus. Também retirou dos setores de telecomunicação e energia. Para proteger a produção da Zona Franca, será utilizada a Cide, uma contribuição tributária extrafiscal. A taxa poderá incidir sobre importação, produção ou comercialização de produtos que também sejam da área. Por outro lado, o imposto seletivo passou a incidir sobre a extração de combustíveis fósseis e minérios, com alíquota máxima de 1%. O imposto seletivo será regulado por lei complementar e só poderá começar a ser cobrado em 2027.
Fundo da Amazônia OcidentalDurante a votação no plenário, Braga fez um acordo com o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) para a criação de um novo fundo. O Fundo para os Estados da Amazônia Ocidental ainda não tem valores definidos nem regras, que devem ser definidas por lei complementar. Veja outros pontos alterados por Braga na reforma tributária:
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