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Manifestações bizarras não são o problema. O problema é bem maior

E aqui trago esta provocação: se vamos reconstruir o Brasil e esta reconexão é urgente, o quanto precisamos olhar para nós mesmos?

Marina Helou

Marina Helou

25/11/2022 16:29

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Ministério da Defesa classificou atos golpistas na frente dos quartéis generais são o

Ministério da Defesa classificou atos golpistas na frente dos quartéis generais são o "exercício da liberdade de manifestação". Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
As cenas de manifestantes com o celular na cabeça e a lanterna ligada mandando sinais de luz para restituir o poder ao Bolsonaro são tão bizarras e chocantes que nos coloca em risco de cometer dois erros graves: sub dimensionarmos o tamanho dos grupos que contestam as eleições e os classificarmos todos como insanos em um surto coletivo desconectados da realidade. Sim, pessoas mandando sinais de luz estão insanas, em um surto coletivo e desconectadas da realidade. Assim como aqueles que cantaram o hino para um pneu, o senhor que se grudou a um parachoque de caminhão na estrada ou ainda os que choraram jogados ao chão com alguém falando que o ministro do STF tinha sido preso, sem ao menos conferir no google se seria verdade. O problema está em classificarmos todas as pessoas que estão se manifestando, as que estão apoiando ou mesmo as que não estão nas ruas - mas concordam com as manifestações e com a contestação das eleições - da mesma forma. Seria assim classificar um contingente enorme de pessoas produtivas, socialmente incluídas, saudáveis, como incapazes e cognitivamente limitadas. Um erro enorme. Basta conviver com grupos diversos: pessoas do interior do estado, grupos de médicos e faria limers para perceber que a fatia da população que acredita na fraude das eleições é muito maior que uma anedota. É uma fatia significativa do país. Para podermos avançar na reconstrução do Brasil, precisamos encarar de frente o cerne deste problema. Não é a insanidade, não é um surto. É, sim, a desconexão de realidades. Hoje vivemos em bolhas de informações tão rígidas e distantes que não conseguimos nem conceber a escolha do outro sem classificarmos como incapacidade. Observamos o outro perder a capacidade de autocrítica enquanto perdemos a nossa própria. Uma amiga querida, que eu amo, extremamente inteligente, mãe, profissional competente está indo nas manifestações. E não tinha visto nenhuma das cenas bizarras descritas acima. Na bolha dela não repercutiram esta minoria absurda. Descobrir que ela estava indo constantemente questionar o resultado das eleições em frente ao quartel foi um golpe muito duro para mim. Pessoalmente me desestabilizou. "Como assim?". Porém, me fez ter ainda mais certeza que vivemos uma desconexão da realidade comum, que somada a nossa profunda e agravada necessidade de pertencimento nos leva à radicalidade. Diversos filósofos já colocaram que a verdade, a realidade, existe entre nós a partir do sentido que damos para os fenômenos. Se não olhamos para o mesmo fenômeno como construir e compactuar sentidos? A desconexão completa da perspectiva comum e a necessidade de pertencer foi causa de muitas atrocidades e guerras pela nossa história. É urgente quebrarmos este ciclo. Não são poucas as pessoas que questionam - minto, elas não questionam, têm verdades absolutas -  as eleições, as vacinas, as mudanças climáticas, a democracia. Elas não são incapazes. Precisamos encontrar caminhos de reconexão de realidades. E aqui trago esta provocação para encerrar: se vamos reconstruir o Brasil e esta reconexão é urgente, o quanto precisamos olhar para nós mesmos? Para as nossas verdades absolutas e fontes únicas de informação? Na era das redes sociais, com milhares algoritmos, fluidez sem pertencimento, degradação da saúde mental e fake news, recuperar verdades comuns e a capacidade de diálogo talvez seja um dos nossos maiores desafios. Que estejamos preparados para enfrentá-los.
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