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Nossas infâncias não estão à venda

Enquanto as gigantes da tecnologia lucram, nossas crianças enfrentam uma avalanche de estímulos nocivos. Regular é urgente e inadiável.

Marina Helou

Marina Helou

13/6/2025 14:48

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Quando a internet chegou, com a promessa de ser uma ferramenta revolucionária e cheia de possibilidades, parecia a grande aliada do futuro. Mas a evolução digital trouxe consequências inesperadas. Rapidamente a rede se transformou em um território perigoso e sem lei. Hoje, os algoritmos alimentam vícios, amplificam o ódio e normalizam a exposição precoce. Esse conteúdo, muitas vezes tóxico, é entregue aos nossos filhos com a distância de um clique e pouca mediação e crítica.

Os riscos do ambiente virtual ultrapassaram o tempo excessivo de tela: envolvem o acesso facilitado a conteúdos violentos e a exploração da vulnerabilidade emocional dos jovens em desafios letais. Pais, especialistas e educadores ainda buscam as ferramentas para lidar com essa nova realidade, tornando ainda mais urgente a ação do poder público. Não é exagero dizer que estamos diante de uma emergência pública.

É por compartilharmos dessa preocupação que criamos uma subcomissão na Assembleia Legislativa de São Paulo, dentro da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Casa. Vamos acompanhar os impactos das plataformas digitais sobre crianças e adolescentes e propor soluções legislativas concretas.

Precisamos agir agora para proteger nossas infâncias da exploração invisível dos algoritmos.

Precisamos agir agora para proteger nossas infâncias da exploração invisível dos algoritmos.Freepik

As grandes empresas de tecnologia tornaram-se as maiores e mais valiosas do mundo, criando dispositivos que viciam e incentivam a vulnerabilidade emocional, especialmente de crianças e adolescentes. Quando confrontadas, alegam neutralidade. Hoje, as big techs operam como se estivessem acima das leis nacionais, e isso precisa acabar. A proteção do público infantojuvenil passa por responsabilizar quem está lucrando.

Durante muito tempo, pais, mães e educadores sentiram-se sozinhos diante do desafio de mediar a relação com a tecnologia. Enquanto tentam impor limites, veem os filhos passarem jornadas inteiras na tela. E mesmo a escola, último reduto de convivência presencial, perdeu espaço para os vídeos curtos e desafios virais.

Outros países já reagiram. No Reino Unido, entrou em vigor a Lei de Segurança Online, que impõe um dever de cuidado às plataformas para prevenir a exposição de menores a conteúdos prejudiciais. França e Austrália avançam na proibição do acesso de menores a redes sociais e na verificação de idade em sites com conteúdo adulto.

No Brasil, ainda engatinhamos no debate, mas temos uma oportunidade histórica de alinhar o país às melhores práticas internacionais e reafirmar que o bem-estar de nossas crianças e jovens está acima dos interesses econômicos dessas empresas. Isso não é um ataque à tecnologia. Ela tem um potencial transformador, inclusive na educação. O que está em jogo é o modelo de negócios das gigantes digitais, baseado em capturar e vender atenção, sem nenhuma responsabilidade pelos efeitos colaterais.

Regular essas empresas é uma questão de proteção à infância. Isso inclui exigir mais transparência sobre os algoritmos, limitar a coleta de dados de menores de idade e impor responsabilidades sobre os conteúdos que circulam nas plataformas. A hora de agir é agora. Cabe aos parlamentares e à sociedade mostrarem de que lado estão: do lucro irrestrito ou da saúde mental das novas gerações. Do lado da sociedade, é hora de pressionar e participar do debate. Um país que entrega sua infância ao algoritmo não pode esperar um futuro saudável.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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Segurança digital crianças e adolescentes redes sociais
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