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Sustentabilidade

Empresas são decisivas para o Brasil ser líder em transição energética

Liderança climática do Brasil depende das decisões corporativas e não apenas de políticas públicas.

Nicolás Avellaneda

Nicolás Avellaneda

13/11/2025 11:00

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Muito se fala sobre o potencial do Brasil em liderar a transição energética global. Nossa matriz elétrica já é uma das mais limpas do mundo, com mais de 80% baseada em fontes renováveis, e temos abundância de recursos naturais capazes de impulsionar novos ciclos de crescimento sustentável e, ainda mais, responsável. Mas há um ponto central que costuma ser negligenciado nesse debate: o protagonismo das empresas.

Não é apenas uma questão de políticas públicas ou de investimentos governamentais. O caminho para que o Brasil se consolide como líder passa, inevitavelmente, pelas decisões que empresas privadas tomam hoje em relação às suas cadeias de suprimentos, seus processos de auditoria e sua aderência a padrões internacionais de ESG e compliance.

A pressão regulatória global já está batendo à nossa porta. A União Europeia, por exemplo, avança em legislações de due diligence obrigatória para importadores e exportadores, exigindo transparência na cadeia de valor e relatórios robustos de sustentabilidade. Ignorar essas exigências pode significar perda de mercados, redução de competitividade e até barreiras comerciais.

Compliance, inovação e responsabilidade podem colocar o país na linha de frente da economia limpa.

Compliance, inovação e responsabilidade podem colocar o país na linha de frente da economia limpa.Freepik

É por isso que o futuro da transição energética brasileira não está apenas em Itaipu, nas usinas solares do Nordeste ou nos parques eólicos do Sul. Está, sobretudo, na mesa de decisão das empresas que escolhem como se relacionar com fornecedores, como medir suas emissões e como estruturar suas práticas de governança.

Ferramentas de inteligência artificial, auditoria contínua e due diligence preditiva já estão disponíveis para ajudar organizações a se antecipar a riscos e atender às exigências internacionais. Mas tecnologia sozinha não resolve. É preciso coragem empresarial para assumir compromissos que vão além do marketing e se traduzam em ações concretas de mitigação de carbono, inclusão social e transparência regulatória.

O Brasil tem a chance de ser protagonista em um momento histórico de redefinição da economia mundial. Mas essa liderança não virá automaticamente. Depende da capacidade de nossas empresas de se enxergarem como decisoras da transição energética e não apenas como espectadoras de políticas públicas.

A transição energética não é um futuro distante. Ela está acontecendo agora, e quem não se preparar para ela, corre o risco de ficar para trás.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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