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milícias digitais

Bolsonaristas usam vídeo de Barroso com João de Deus para atacar ministro

Apoiadores de Bolsonaro se revoltaram pelo ministro se referir ao chefe do Planalto como "desencontrado espiritualmente".

Melissa Fernandez

Melissa Fernandez

16/2/2022 12:07

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O ministro Luís Roberto Barroso (esquerda) abraçando o médium João de Deus (direita), acusado de violentar e estuprar mais de 300 mulheres. Foto: reprodução/Twitter

O ministro Luís Roberto Barroso (esquerda) abraçando o médium João de Deus (direita), acusado de violentar e estuprar mais de 300 mulheres. Foto: reprodução/Twitter
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de ataques de apoiadores declarados do presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta quarta-feira (16). O grupo se revoltou com uma declaração do magistrado, que se referiu ao chefe do Planalto como "desencontrado espiritualmente". Em retaliação, repercutiram  um vídeo antigo nas redes sociais, no qual Barroso faz elogios ao médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, que cumpre pena por violentar e estuprar mais de 300 mulheres. "O que eu posso dizer é que há uma coisa totalmente transcendente nesse poder que ele tem de exalar o bem, de curar pessoas e de extrair o que há de melhor nas pessoas", disse Barroso à época. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=48cjslIu3Cg Os ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram após uma entrevista do magistrado ao portal Metrópoles, publicada na terça-feira (15). Durante a conversa, ele afirmou que presidente Jair Bolsonaro será obrigado a aceitar o resultado das urnas eletrônicas no pleito de outubro deste ano, ainda que seja uma eventual derrota. O ministro disse ainda que as acusações de fraudes não combinam com a democracia, e quando questionado sobre como reage aos ataques de Bolsonaro, disparou: "Há pessoas que são desencontradas espiritualmente. Como regra geral, eu não dou a elas o poder de mudar minha natureza".

Bolsonaro é "desencontrado espiritualmente", disse Barroso. pic.twitter.com/JRuvRxx9xn

- Sarita Coelho (@saritacoelho) February 16, 2022
Além desse episódio, bolsonaristas citam outra entrevista de Barroso, concedida ao jornal O Globo e publicada no último domingo (13). Nela, o ministro voltou a defender o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram, e apontou que as diretrizes de uso da rede social dão brecha para a repercussão de conteúdos de mensagem de ódio e para proliferação de milícias digitais ao longo deste ano eleitoral. "Qualquer plataforma que não queira se submeter às leis brasileiras deve ser simplesmente suspensa. Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras", afirmou.

Veja a que ponto chegamos. pic.twitter.com/6X9WwzNgfU

- Miguel Diniz - Pátria amada Brasil (@inter1414) February 15, 2022
A aproximação entre João de Deus e o integrante da Suprema Corte se deu em 2012, quando Barroso foi diagnosticado com câncer. Ele passou a frequentar o município goiano de Abadiânia, onde realizou um tratamento espiritual com o médium. Após as denúncias e prisão do ex-líder religioso, o ministro foi convidado a participar de uma entrevista que serviu como base para o livro "João de Deus - O Abuso da Fé", da jornalista Cristina Fibe. Na ocasião, destacou que as vítimas merecem justiça, mas não ignorou os feitos do médium. "Acho, sinceramente, que as pessoas a quem ele fez bem devem ser agradecidas. Foram muitas, eu vi. E, naturalmente, as pessoas a quem ele possa ter feito mal, essas têm o direito à justiça. A mim, já me bastam os casos que tenho que julgar por dever de ofício", disse. Apesar da presença entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta quarta, não é a primeira vez que o vídeo é usado para atacar o ministro. Em novembro de 2020, após rechaçar comentário do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso da urna eletrônica nas eleições, os defensores do presidente usaram as imagens para atacar Barroso. "Tem gente que acha que a terra é plana, tem gente que acha que o homem não chegou na lua, tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos", debochou Barroso à época dos primeiros ataques. João de Deus cumpre pena desde 2018, onde ficou detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Em setembro de 2021, a Justiça autorizou o cumprimento de prisão domiciliar.
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TSE STF Luís Roberto Barroso João de Deus discurso de ódio Jair Bolsonaro milícias digitais

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