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Deltan, que citou Moro em mais de 190 tweets, se filia a partido do ex-juiz

O ex-investigador do Ministério Público, que alcançou fama como procurador da Lava Jato, filiou-se hoje ao Podemos.

Guilherme Mendes

Guilherme Mendes

10/12/2021 | Atualizado às 19:30

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Ex-Procurador da República - Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallgnol, em fala na Câmara dos Deputados em 2017. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Ex-Procurador da República - Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallgnol, em fala na Câmara dos Deputados em 2017. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
"Se o juiz Moro tivesse aspiração política, ele poderia ter se tornado presidente ou senador nas últimas eleições com alta probabilidade de êxito", escreveu o então procurador da República Deltan Dallagnol, em 1º de novembro de 2018, poucos dias após o ex-juiz federal Sergio Moro aceitar ir para o Ministério da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro. 37 meses depois, tanto o juiz quanto o procurador - acusados de se aliar contra os acusados da operação Lava Jato -  agora se encontram no mesmo partido, o Podemos, onde Moro alimenta uma pré-candidatura à presidência da República, enquanto Deltan, filiado nesta sexta-feira (10), deve concorrer a um cargo no Congresso Nacional em 2022. Apesar de atuarem em lados distintos do tribunal - Moro julgando argumentos e provas trazidas por Dallagnol - o ex-Ministério Público citou o juiz 192 vezes em seu Twitter, hoje seguida por 1,3 milhão de contas. O procurador sempre adotou um tom elogioso às falas do ex-juiz, e ver as centenas de citações do procurador a Moro, em linha cronológica, pode dar a falsa impressão de que ambos trabalharam junto pensando em um projeto político futuro.
As mensagens de Dallagnol relativas ao ex-juiz e ex-ministro adotam desde sempre uma linguagem indireta -  indicando o que Moro fala em entrevistas a jornais e programas de TV, raramente emitindo opiniões sobre a atuação do ex-juiz. A manifestação do procurador não entra em choque com as vedações e a obrigações que a Lei Orgânica do Ministério Público cobra dos membros da instituição.
As mensagens elogiosas acabam sendo vistas por outro contexto após a chamada "Vaza Jato". Na série de reportagens publicadas a parte de junho de 2019 pelo The Intercept Brasil, conversas de procuradores em aplicativos de mensagens indicavam que o Ministério Público tinha proximidade indevida com o juiz Sergio Moro, e que Deltan tinha interesses políticos em sua atuação. As mensagens acabaram influenciando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de declarar o juiz suspeito no julgamento do ex-presidente Lula, no que foi considerada a pior derrota da Lava Jato. Nas redes sociais, Moro afirmou que o ex-coordenador da Lava Jato "orgulhou o país no combate à corrupção" e que "orgulhará o Paraná no Congresso Nacional"
O Congresso em Foco procurou Dallagnol para falar sobre o caso. O ex-procurador, por meio de sua assessoria, indicou ser "testemunha da eficiência, dedicação e justiça de Sergio Moro na operação Lava Jato, e da coragem com que ele enfrentou desafios que nenhum outro juiz enfrentou na história do país". Dallagnol negou que tenha tido uma relação íntima ou próxima enquanto ele trabalhou na Lava Jato, "de ir em festas de aniversário ou frequentar a casa um do outro, por exemplo, mas apenas institucional", mas que reconheceu publicamente a competência e integridade de Sergio Moro no seu trabalho em frente à operação "da mesma forma que já elogiei publicamente o trabalho e a atuação firme na Justiça, contra a corrupção, de pessoas como o desembargador João Pedro Gebran e os Ministros Trisotto, Fischer, Teori, Fachin e Barroso". Com uma plataforma calcada na luta contra a corrupção, o Podemos de Sergio Moro e Dallagnol busca viabilizar a candidatura do ex-ministro de Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano que vem - Moro, em pesquisa recente, teve 13% das intenções de voto, se consolidando como o nome da "terceira via" contra os favoritos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A chegada de Moro ao partido, há exato um mês, também trouxe a chegada de outro nome que integrou a cúpula do Palácio do Planalto - Carlos Alberto Santos Cruz, o general que ocupou o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro. Todos passarão para o Podemos, partido que, apesar de se declarar de centro, acompanhou Bolsonaro em 80% das votações no Congresso Nacional. > Ajude-nos a fazer um Congresso em Foco melhor pra você
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