Paralisação dos caminhoneiros parou o país em maio de 2018. Foto: Tania Rego/ABR
Mesmo com o início da greve dos caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrou o bloqueio de estradas na manhã desta segunda-feira (1º). Líderes da manifestação afirmam que estão sendo respeitadas as decisões judiciais que proibiram a interdição das rodovias, refinarias e portos, mas ressaltam que as paralisações da categoria estão acontecendo.
Líderes caminhoneiros como o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim, conhecido como Chorão, gravaram vídeos e fizeram
lives durante o fim de semana
convocando para a greve marcada para esta segunda-feira, véspera do feriado do Dia de Finados (2). Os caminhoneiros prometem parar o país, e há a expectativa de bloqueio de rodovias.
Em boletim divulgado nas redes sociais às 9h, o Ministério da Infraestrutura afirma que nenhum ponto estratégico ou rodovia federal foi bloqueado, mas relata protestos realizados em São Paulo e Pernambuco, além de pontos de concentração de motoristas no Rio de Janeiro nesta manhã.
Houve tentativa de bloqueio de estradas durante a madrugada em São Paulo, quando caminhoneiros tentaram interditar os acessos para o porto de Santos. Manifestantes tentaram impedir a passagem de outros caminhões, mas a PRF dispersou o movimento apresentando a liminar da Justiça.
Foram expedidas 29 liminares impedindo o bloqueio em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí e Bahia. No caso de descumprimento ou de empresas que apoiarem as paralisações nas estradas, a multa pode chegar até R$ 1 milhão.
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