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Lula constrange Marina

A fala de Lula constrange a ministra e abala a imagem do país às vésperas da COP30. Se o governo considera imperativo explorar mais petróleo, deveria explicar técnica e politicamente suas razões

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

15/2/2025 | Atualizado às 10:37

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Presidente Lula e as ministras Marina Silva e Esther DweckRicardo Stuckert/PR
Lula reclamou de "lenga-lenga" do Ibama na análise de licenças para a pesquisa sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Para ele, o órgão parece trabalhar "contra o governo". A queixa lembra o discurso do presidente em relação ao Banco Central, quando classificou de "desajustada" a conduta da instituição e disse que o ex-presidente Roberto Campos Neto agia "mais para prejudicar do que para ajudar o país". Nos dois casos, parece haver uma interpretação peculiar sobre o papel das instituições.

Presidente Lula e as ministras Marina Silva e Esther Dweck

O presidente embalou mal sua defesa da busca por petróleo no litoral da Amazônia, palco da COP30. Talvez seja preciso chamar o marqueteiro Sidônio Palmeira para construir um discurso melhor do que a crítica aos órgãos técnicos. Há bons argumentos disponíveis e até já citados por Lula, como o financiamento da transição energética. No entanto, caem por terra quando o presidente, em visita ao Amapá, terra do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, resume o assunto a ataques ao Ibama.

As falas de Lula colidem com a ideia de potência ambiental que o Brasil vem vendendo ao mundo, em COPs e em fóruns como o G20. É um título justo: o país tem quase metade da sua matriz energética composta de fontes renováveis. A matriz elétrica é mais de 80% limpa. Em transição energética, o Brasil se destaca entre os doze mais dinâmicos, lidera entre os emergentes e latinoamericanos e fica na terceira posição no G20, ressalta o Fórum Econômico Mundial em relatório divulgado em julho.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, à qual o Ibama é subordinado, disse em nota dias atrás que não cabe a ela exercer qualquer influência sobre as decisões do órgão. Se fosse assim, explicou, não seriam decisões técnicas. Segundo Marina, de acordo com a lei, o ministério e o Ibama "não dificultam em facilitam" a obtenção de licenças, mas cumprem a lei, porque "é assim que funciona um governo republicano".

A fala de Lula constrange a ministra e abala a imagem do país às vésperas da COP30. Se o governo considera imperativo explorar mais petróleo, deveria explicar técnica e politicamente suas razões. Debates com jeito de redes social não vão funcionar nesse caso - como também não deram certo com o Banco Central.

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Marina Silva Ibama petróleo Meio Ambiente Lula

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