Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Rudolfo Lago
Rudolfo Lago
Rudolfo Lago
Rudolfo Lago
Rudolfo Lago
Novo governo
12/12/2022 | Atualizado às 7:51
Desfazer fortemente a ideia repetida diversas por Jair Bolsonaro de que não houve corrupção no seu governo. No dia em que Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin receberão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seus diplomas respectivamente como presidente e vice-presidente eleitos, essa é a principal estratégia discutida no governo de transição.
No fim de semana, os grupos temáticos no governo de transição concluíram seus relatórios. Eles serão apresentados a Lula e, de uma forma resumida, Alckmin, como coordenador da transição, deverá apresentar as principais conclusões.
De acordo com uma fonte do governo de transição, os integrantes de cada grupo tiveram de assinar compromissos com o atual governo de cláusulas de confidencialidade antes de receberem informações que foram requeridas. Essas cláusulas de confidencialidade limitam a possibilidade de divulgação ampla do que foi encontrado. Mas há estratégias pensadas nesse sentido para driblar a confidencialidade.
Segundo a fonte, a situação limitará que os relatórios feitos pelos grupos na transição sejam conhecidos na íntegra. Mas a verdade é que o novo governo discute mesmo se isso seria uma boa estratégia. Um grande volume de informações divulgadas ao mesmo tempo dissiparia a chance de que seus conteúdos tivessem repercussão. Assim, a ideia é ir apresentando denúncias de forma paulatina, como a que foi feita na semana passada a respeito de contratos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que era comandado pela senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos). A denúncia questionou R$ 172 milhões de contratos do ministério, inclusive para um aluguel de um guindaste.
Contratos questionáveis têm sido identificados em diversas áreas do atual governo: além dos Direitos Humanos, Educação, Saúde, Comunicações, entre outros. A ideia de que Bolsonaro está sendo substituído por um governo corrupto, a partir dos vários fatos identificados na Operação Lava Jato e das condenações de Lula, todas elas revertidas na Justiça, é um dos principais motivadores das reações dos grupos bolsonaristas, que ainda se encontram acampados em frente a quarteis pelo país, em movimento golpista que pede uma intervenção militar. Apresentar, portanto, fatos que mostrem que houve corrupção no atual governo ajuda a enfraquecer tal argumentação.
A avaliação nos grupos de transição é que os compromissos de confidencialidade assumidos perderão a sua força ao final do atual governo. Portanto, a tendência é que a maior parte das informações encontradas comece a se tornar pública a partir da posse de Lula, no dia 1º de janeiro. Mas, antes disso, o que puder ser divulgado nesse sentido deverá ser feito.
Tags
Temas
Política paulista
Finanças públicas
Economia e inovação
Energia