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Paulo José Cunha
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Escuta aqui: e quando vão pôr na cadeia esses pastores ladrões?
5/10/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:57
( J. Messias, 17.28)
Responda depressa: qual é o principal inimigo de Bolsonaro? Ah, essa é fácil: claro que é o PT de Lula. Aliás, seu sonho de consumo é ter o PT como adversário nas eleições de 2022. Já que conta com a polarização para repetir o embate de 2018, seus índices de popularidade estão em alta e até aqui nenhuma força de centro ou centro-esquerda despontou no cenário com musculatura suficiente para enfrentá-lo. Nada melhor do que ter como adversário um partido até hoje atordoado com as denúncias de corrupção - leia-se mensalão, para ficar num único exemplo. E que ainda não teve a dignidade de se redimir de seus erros, condição essencial para se reposicionar com um mínimo de chances de vitória na linha de partida. Ah, mas há outro adversário que Bolsonaro elegeu como alvo prioritário: o comunismo. Adversário cômodo, não reclama de nada. Está sempre disponível. Pois se até Donald Trump lá nos Estados Unidos já associou Joe Biden ao comunismo, porque Bolsonaro agiria de maneira diferente? A mentira vos engabelará. As duas respostas acima estão corretas. Mas nem de longe se equiparam ao maior inimigo de Bolsonaro, contra o qual ele terça armas diariamente: a verdade, inimigo preferencial e que só tem um incômodo. É um inimigo concreto e por isso terrivelmente perigoso. Por essa razão o capitão e sua tropa usam todos os métodos de neutralização de seus estragos. De novo, responda depressa: qual é a principal arma que Bolsonaro e seus apoiadores usam contra o inimigo chamado verdade? Adivinhão, acertou de primeira: isto mesmo, é uma velha senhora chamada... mentira. Bolsonaro vem usando a mentira como arma prioritária e permanente de atuação política, muito mais do que as articulações partidárias, os acertos e conchavos de pé de ouvido, para os quais não tem muito pendor, e muito além até dos artifícios do marketing político. A mentira associada ao populismo mais rasteiro e diário vêm dando a tônica de sua atuação e explicam a sua subida nas pesquisas mais recentes. Em relação a alguns temas, Bolsonaro não apenas mente, mas se repete na mentira, fiel à tese defendida por Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, segundo a qual uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Indiferente às evidências científicas, aos institutos de pesquisa e aos próprios dados de seu governo, Bolsonaro, por exemplo, nega sistematicamente a devastação da Amazônia, inclusive em fóruns internacionais como a Assembleia Geral da ONU, numa constrangedora e vergonhosa cara de pau diante do mundo. O pior é que ele mente compulsivamente sobre tudo e sobre todos o tempo todo! Um levantamento feito pelo site de checagem "Aos Fatos" indicou que até o dia 1º deste mês de outubro, ou seja, em 639 dias como presidente, Bolsonaro deu 1.728 declarações falsas ou distorcidas, o que dá uma média de mais de duas mentiras por dia.Temas
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