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Ricardo Cappelli
Lula ou Bolsonaro: quem se arrisca a cravar o resultado final?
Ricardo Cappelli
Ricardo Cappelli
12/6/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:35
No Rio, a esquerda tentou desfraldar suas bandeiras vermelhas no meio da massa. Foi expulsa aos safanões. Em São Paulo, por muito pouco os Tucanos não foram depenados em plena Avenida Paulista. Dilma, deposta, foi a primeira vítima da incompreensão.
A poderosa onda antissistema foi capturada pela extrema direita e cresceu. Chegou ao pico com o discurso "udenista-libertador-salvacionista" da Lava Jato e com o extermínio da política pela grande mídia.
Duas quedas históricas do PIB empobreceram a família do seu João e da dona Maria. Para eles, a culpa é dos políticos. A onda de ressentimento popular engoliu o sistema, abrindo um imenso buraco.
Dele emergiu um personagem falando "absurdos originais", "muito diferente dos políticos que pioraram a nossa vida". Que tal arriscar?
Se as estimativas forem confirmadas, teremos, infelizmente, mais de 100 mil brasileiros mortos. Fecharemos o ano com 23 milhões de desempregados. Um cenário dramático.
Quem sobreviverá ao novo tsunami? Já são mais de 30 anos de democracia e o país parece um motor engasgado, desorientado. Dá uns pulos pra frente, "tosse" e recua.
Seu João escolheu Lula, viu seus sonhos derreterem com Dilma e votou em Bolsonaro. Nunca esteve tão ansioso. Discute todo dia com o seu otimismo teimoso.
O capitão é o surfista que remou na onda. Como domá-la? Enfurecida, ela pode acabar engolindo-o. Ele irá sozinho? Os que ocupam o centro do ringue serão poupados pela dona Maria? Se a onda decidir tragar o sistema novamente, o que virá?
É hora de dormir. Cada um vai para o seu cômodo. O "boa noite" com um beijo na testa toca o coração. A angústia brota. Ninguém sabe como o dia seguinte amanhecerá.
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