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Helena Theodoro
Dulce Pereira
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olhares negros
2/2/2023 | Atualizado às 18:06
Babalaô Ivanir e o Pastor Kleber Lucas promovem diálogo inter-religioso na Semana Nacional de Combate à Intolerância Religiosa[/caption]
Vários documentários foram exibidos, seguidos de roda de conversa, onde foi discutido o direito à liberdade religiosa e o direito em nosso território da livre manifestação da fé. Foram apresentados os filmes "Fé e Fúria", de Marcos Pimentel, bem como "Tenho fé", de Rian Córdoba. A história do Ogã Bangbala, que continua atuando nos seus cem anos de vida também foi exibido e debatido no documentário Bangbala- que eu receba a riqueza.
É sempre importante lembrar que o dia 21, dia nacional contra a intolerância religiosa, tem uma história de violência em sua raiz. Essa data foi criada em 2007, como homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda, que foi vítima de preconceito, discriminação e intolerância religiosa em sua cidade natal, Salvador, no final dos 1999, vindo a falecer em consequência dessas violações perpetradas por segmentos religiosos que, até os nossos dias, insistem em desrespeitar o preceito constitucional de liberdade de culto e crença. Buscando fortalecer as ações em prol do respeito à liberdade de crença e a importância desse princípio junto à sociedade, os eventos deste dia ocuparam a Praça Cinelândia, com uma feira cultural inter-religiosa e o show cultural "Cantando a gente se entende", tendo a participação grupos artísticos e lideranças religiosas como o como o Grupo Awurê, Pastor Kleber, Padre Omar, Banda Judaica, Banda Cigana, entre outros.
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Show Cultural "Cantando a gente se entende" na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro[/caption]
A Semana foi muito exitosa, tendo emitido um alerta para todos sobre os perigos da discriminação e do preconceito religioso, além da dar visibilidade à luta pelo respeito a todas as religiões.
Contamos com a participação de integrantes da Defensoria Pública e várias mesas que discutiram política, religiões e democracia, além de religiões no campo dos direitos e nos meios de comunicação. Vários advogados e juristas analisaram os princípios do Estado laico, liberdades e pluralidades, sendo que todos os participantes puderam ouvir a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, presente ao evento, bem como sua mãe Marinete Franco além do presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues. Todos receberam ainda o texto do Dr. Jorge da Silva intitulado "Guia de luta contra a intolerância religiosa e o racismo", que nos esclarece e revela nossos direitos liberdade de fé, que nos dá uma certeza do nosso direito de saudar Iemanjá no dia 2 de fevereiro - dia de festa no mar, de exaltar nossos orixás nos terreiros, de fazer a lavagem do solo sagrado da Sapucaí em homenagem aos nossos ancestrais sambistas, a saudar Exu numa escola de samba, de homenagear em enredos Menininha do Gantois e Mãe Meninazinha da Oxum, além de fazer como Joãozinho Trinta que ousou levar o Cristo para a Sapucaí, coberto, mas rogando por nós. Exercer qualquer tipo de religião que se ligue à nossa fé é direito de todos nós, cidadãos brasileiros.
Para todos que nos leem, salamaleikum, shalom, amém e muito axé!
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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