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Pedro Valls Feu Rosa
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8/11/2016 | Atualizado 10/10/2021 às 16:40
[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]Incorporado está, pois, este grito - o do "je suis" - à rotina a cada dia mais conflituosa da humanidade. Eu só ainda não entendi bem o motivo de ele somente ser aplicado às vítimas de países ricos. Será que os miseráveis não merecem a nossa solidariedade?
Dia desses, por exemplo, pensava no povo lá de Bukavu, um dos centros de mineração do Congo. Trata-se de um país flagelado por uma guerra sem fim, travada em torno da exploração do coltan, um minério raro sem o qual não teríamos a maioria dos aparelhos eletrônicos modernos.
Nos últimos 15 anos essa guerra já ceifou cinco milhões de vidas e contribuiu para o estupro de 300 mil mulheres. Uma investigação identificou 157 empresas ocidentais envolvidas com a exploração desse mineral - e calculou-se o custo de um telefone celular produzido com coltan extraído daquele país: a vida de duas crianças.
Fico a imaginar, agora, o custo de um computador, de uma turbina de avião ou da maioria das engenhocas que nos cercam - quanto sangue de semelhantes nossos elas carregam?
É por isso que "je suis Bukavu"!
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