Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Os significados da eleição de Rodrigo Maia | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Antônio Augusto de Queiroz

Soberania não se negocia, não se vende e nem se renuncia

Antônio Augusto de Queiroz

Lula e a eleição de 2026

Antônio Augusto de Queiroz

O paradoxo do governo Lula: muita entrega e pouca popularidade

Antônio Augusto de Queiroz

Regras para conversão de votos em mandato na eleição proporcional

Antônio Augusto de Queiroz

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

Os significados da eleição de Rodrigo Maia

Antônio Augusto de Queiroz

Antônio Augusto de Queiroz

20/7/2016 | Atualizado às 15:40

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA
A eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados tem triplo significado: a) dificulta o poder de agenda dos fisiologistas e regressistas quanto a valores e direitos humanos e de minorias; b) facilita a agenda liberal e fiscalista; e c) resgata o PSDB para o centro da cena política. No primeiro caso, o significado tem dupla dimensão: representa a rejeição ao modelo de fazer política do "centrão", sempre em bases fisiológicas, mercantis e com ataques a direitos e liberdades das minorias e aos movimentos sociais, bem como a derrota e a derrocada de seu principal líder e mentor, Eduardo Cunha, cuja cassação é uma questão de dias. Com a derrota do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que representou o "centrão" na disputa, e de Eduardo Cunha, perdem prioridade na agenda do Congresso Nacional temas como o Estatuto da Família, a CPI da UNE, a agressão à liberdade reprodutiva e sexual das mulheres, dentre outros envolvendo liberdades, valores religiosos e éticos-morais de natureza regressista. No segundo caso, em razão da formação ultraliberal e fiscalista do presidente eleito da Câmara, ganha força a agenda governamental de redução do tamanho e do papel do Estado, de flexibilização da legislação trabalhista, bem como as medidas de ajuste com redução do gasto público, nos moldes da PEC 241 e do PLP 257. Assim, temas como mudança nos marcos regulatórios do petróleo, entre eles o operador único e o regime de partilha, a transferência para Oscips e organizações sociais de atividades do Estado, a privatização ou venda de ativos, a chamada melhoria do ambiente de negócios, que inclui terceirização e prevalência do negociado sobre o legislado, congelamento do gasto púbico, reforma da previdência e restrições às despesas com pessoal nos três níveis de governo terão prioridade. No terceiro caso, embora Rodrigo Maia seja de outro partido, o DEM, é o PSDB que mais se beneficia de sua eleição. Não foi à-toa que as primeiras visitas, antes mesmo da ida ao presidente da República, foram ao senador Aécio Neves, presidente do PSDB, e ao senador José Serra, atual ministro das Relações Exteriores.  Além de se aconselhar com os caciques tucanos, o novo presidente da Câmara tem o compromisso de apoiar um deputado do PSDB para sucedê-lo na presidente da Câmara. Portanto, será o PSDB, e não a esquerda, o PMDB ou o "centrão", que influenciará a agenda da Câmara, assim como já o faz no Senado. [caption id="attachment_253472" align="alignright" width="380" caption="Embora Maia seja do DEM, PSDB é o principal beneficiário de sua eleição, avalia especialista"][fotografo]Antonio Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Parte importante da esquerda, assim como aconteceu no impeachment de Collor, não considerou adequadamente em sua estratégia a questão ideológica ou programática que seria colocada em prática com a troca de comando, focando sua análise apenas na questão política e ético-moral. Ou seja, se preocupou mais com quem estava saindo, ou com as querelas do passado, do que com o programa de quem estava entrando, ou com as ameaças futuras. Com esse tipo de comportamento, parcela das esquerdas ajudam a eleger ou legitimam nomes cujo programa vai de encontro (conflita frontalmente) com o ideário dos progressistas e dos movimentos sociais, especialmente em relação à economia e ao orçamento público. Erros como esses fortalecem e facilitam a implementação, por via transversas, das agendas neoliberais. É claro que o processo é complexo e envolve outros interesses, mas no caso da eleição para a presidência da Câmara todos sabiam que os pontos de convergências entre a atual e a antiga oposição se limitavam à derrota do "centrão" e de Eduardo Cunha. Ninguém tinha dúvida de que Rodrigo Maia era mais liberal e fiscalista do que os demais candidatos. A conclusão é que a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara foi excelente para o governo Michel Temer porque, de um lado, não padece dos mesmos defeitos do pessoal do "centrão", e, de outro, é experiente e qualificado, além de identificado com a agenda do novo governo, expressa no documento "uma nova ponte para o futuro".  Se com as divisões na base do governo já era difícil resistir à agenda neoliberal, imagine sem divisão e com um operador que, além de eficiente, pacificará a agenda entre Câmara e Senado? Desafios não faltarão! Mais sobre Rodrigo Maia Mais sobre crise no Legislativo
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

PSDB Eduardo Cunha DEM Antônio Augusto de Queiroz fisiologismo Rodrigo Maia neoliberal rogerio rosso estatuto da família Legislativo em crise crise brasileira CPI da UNE

Temas

Reportagem Congresso
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Soberania

Império, vassalagem e traição

2

Crise

Deu tudo errado para os Bolsonaro

3

Democracia

Soberania não se negocia, não se vende e nem se renuncia

4

Justiça fiscal

Análise: Financiamento para o desenvolvimento global e nacional

5

Extrema-direita em crise

Trump, Epstein e o fim do silêncio

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES