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Marcus Pestana
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3/7/2017 | Atualizado 10/10/2021 às 16:26
[fotografo]Beto Barata/PR[/fotografo][/caption]Não me canso de dizer que vivemos a maior crise de nossa história e que o centro da crise é o desequilíbrio fiscal do setor público. É ele que impõe juros altos, inibe o crescimento da economia e ameaça o controle da inflação. A situação fiscal brasileira é gravíssima. O Governo Dilma cancelou o compromisso com a responsabilidade fiscal e desencadeou uma trajetória de grave deterioração das contas públicas.
A LDO/2018 se embasa num crescimento projetado do PIB de 2,5%, que caracterizaria a superação da recessão, uma inflação anual de 4,5%, a taxa de juros Selic de 9,0% e o salário mínimo de R$ 979.
O desafio central é vencer o grave déficit que impede a economia brasileira de deslanchar. O déficit primário (receitas e despesas operacionais sem juros e amortização da dívida) estimado na LDO/2018 é de inacreditáveis R$ 131,3 bilhões. E o déficit nominal projetado (despesas financeiras incluídas) é próximo a 6,0% do PIB, nível parecido com a Grécia no período que levou à sua profunda crise.
O ajuste fiscal não é nada fácil, porque a receita depende do dinamismo da economia e tem crescido abaixo da inflação, e as despesas são extremamente rígidas. As despesas obrigatórias representam 82,63% do gasto primário, em que se destacam os benefícios previdenciários (43,4%), pessoal ativo e inativo e encargos (21,95%) e Saúde excluído pessoal (8,05%). Mas pelo menos o atual governo, diferente do anterior, optou por total transparência nos números para reconquistar a credibilidade e a confiança perdidas.
Sem reequilibrar o orçamento do governo não haverá saída para o Brasil. É só ver o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Mãos à obra. É o interesse de todos em jogo.
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