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29/6/2015 | Atualizado 10/10/2021 às 16:27

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O processo histórico é caracterizado pela alternância de períodos de calmaria e turbulência. As crises são as parteiras da História. É quando a sociedade, a partir da experiência acumulada, pode enfrentar seus mitos, problemas, gargalos e desafios. A luta entre o velho e o novo é complexa. A crise pode ser enfrentada com ousadia e coragem ou com covardia e mediocridade. Decisões tomadas hoje podem viabilizar ou aniquilar o horizonte das novas gerações. O Brasil está em marcha lenta, gradual e segura para um futuro nada glorioso. Vivemos a maior crise econômica pós-Real. Investimentos públicos e privados em queda, consumo despencando, equilíbrio fiscal ameaçado, esgotamento do endividamento das famílias, comércio exterior afetado pelo fim do boom das commodities, recessão com crescimento negativo, inflação alta, setores como o energético e o petróleo desorganizados pela intervenção equivocada do governo. E qual é a resposta do governo? Aumento de juros e impostos e cortes pouco criteriosos de gastos. A calibragem da terapia é a chave do sucesso, pode matar o doente, já que toda medida tem sempre efeitos colaterais. O aumento de juros não só introduz incremento de despesa no financiamento da dívida pública, que anula boa parte do esforço de corte de gastos, como pode desvalorizar o dólar desestimulando as exportações e agravar a queda da atividade econômica e da arrecadação tributária. Para agravar o quadro, temos o maior escândalo da história brasileira contaminando nossa maior empresa estatal e levando de contrabando para o ralo outro forte setor da economia, o da construção pesada, essencial para o desenvolvimento da política de privatizações, concessões e parcerias com o setor privado. Paralelo a isso, vivemos uma crise política. O governo Dilma perdeu o controle do Congresso, não tem maioria sólida para governar. O PMDB fez um realinhamento tático e patrocina um protagonismo inédito do Congresso Nacional. Assistimos a um bonapartismo sem rumo, uma nau perdida em meio à tempestade. Ninguém apoia Dilma. Nem a sociedade, como bem demonstrou a recente pesquisa Datafolha, em que 65% dos brasileiros rejeitam o governo, nem o PMDB com sua tática de morde e sopra, nem o próprio PT, acuado e esfacelado pela Operação Lava Jato e pelo estelionato eleitoral cometido. Dilma se tornou uma presidente ausente, sem liderança, sem apoio, sem condições de governar. E seu criador, o ex-presidente Lula, apimentou o quadro dizendo que ele e Dilma estavam no volume morto - último refúgio de soluções nas represas de água - e o PT abaixo dele. E que o PT perdeu o sonho e a utopia e só pensa em cargos e eleições. Cinismo, hipocrisia ou um lapso de realismo? Fato é que o governo Dilma precocemente acabou. A realidade exige uma mudança profunda. Lula, Dilma e o PT não são fonte de soluções. Alguma coisa terá que acontecer. Só o destino sabe quais serão os caminhos para a mudança necessária. Mais sobre Dilma Mais sobre economia brasileira
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Lula impeachment PT Dilma economia brasileira economia Marcus Pestana crise política

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