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30/4/2013 | Atualizado 10/10/2021 às 16:28

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No tortuoso processo de transição para a democracia na década de 70, o pacote de abril ocupou papel central. O regime militar, tendo à frente o presidente Geisel e o ministro Golbery, acossados pelo aumento da inflação e do endividamento externo, patrocinava a chamada abertura. Antes disso, Ulysses Guimarães, liderando o MDB, havia percorrido, em 1973, todo o país em sua heroica anticandidatura à Presidência da República, renovando o ânimo das oposições. Em novembro de 1974, a sociedade respondeu silenciosamente pelo voto. Mesmo em ambiente de graves restrições à liberdade, o MDB elegeu 16 senadores, assustando o governo. A geração dos novos senadores - Itamar Franco, Orestes Quércia, Marcos Freire e Paulo Brossard, entre outros - ainda ganhou o grande reforço de Teotônio Vilela, rompido com a Arena. O regime militar pensava numa transição controlada, sem riscos, lenta, gradual e segura. Jogou pesado nas eleições municipais de 1976. As condições eram duras para a oposição. No fim daquele ano, vários dirigentes comunistas foram mortos. Parlamentares eram cassados por "crime de opinião". A crise econômica se agravava e o regime ziguezagueava, produzindo incertezas. O governo não tinha a maioria de dois terços para introduzir mudanças constitucionais. Havia uma pedra no caminho. O receio eram as eleições de 1978. Veio o pacote de abril. Fechou-se o Congresso por 14 dias. E as medidas casuísticas entraram em vigor: eleições indiretas para governador, um terço de "senadores biônicos", sublegendas, aumento de representação de estados menores, restrições na propaganda de rádio e TV, ampliação do mandato presidencial. Enfim, o pacote de abril externava que o regime queria ganhar, a qualquer preço, as eleições de 1978. Fecha o pano, vamos aos nossos dias: 2013. O Congresso sepulta melancolicamente a possibilidade de uma verdadeira reforma política. Por falta de liderança da presidente Dilma e inoperância de sua ampla maioria, naufragam as necessárias mudanças em nosso sistema político e eleitoral. Isso depois de estimularem e patrocinarem a criação de um novo partido para fragilizar a já amplamente minoritária oposição. O STF reconheceu a esse novo partido direito ao tempo de rádio e TV e ao fundo partidário, deslocados, principalmente, do espaço das oposições. Diante disso, nas últimas semanas, Dilma, o PT e seus aliados aprovaram seu pequeno "pacote de abril" na Câmara dos Deputados. Simples e mortífero, mudando as regras no meio do jogo. O que valeu para o PSD de Kassab não valeria para a Rede de Marina Silva, o Solidariedade de Paulinho da Força e para a fusão do PPS com o PMN. O "pacote de abril" de Dilma quer, principalmente, aniquilar a candidatura de Marina Silva. O governo Dilma e o PT revelam que temem enfrentar Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva, e que querem, guardadas as devidas proporções, tal qual no pacote de Geisel, uma reeleição "controlada", a partir do uso da máquina e de restrições casuísticas às oposições.   Veja ainda: Parlamentares apoiam decisão de Gilmar de suspender tramitação de projeto Textos de outros colunistas do Congresso em Foco Matérias e artigos sobre reforma política
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STF Dilma Reforma política Eduardo Campos Marina Silva Marcus Pestana Eleições 2014 Aécio Neves Itamar Franco Golbery gilberto kassab fundo partidário horário eleitoral Ulysses Guimarães Pacote de Abril Geisel Paulo Brossard Orestes Quércia Teotônio Vilela ditaduramilitar

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