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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Ana Luiza de Carvalho
29/10/2018 | Atualizado 30/10/2018 às 23:30
Grupo de bolsonaristas foi expulso de um dos departamentos da UnB nesta segunda-feira - Foto: Reprodução[/caption]
Por meio de nota (leia mais abaixo), a UnB relata caso de vandalismo. "No fim de semana, foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no prédio do ICC [Instituto Central de Ciências]. Os atos incluíram a destruição de cartazes de uma exposição dos estudantes do curso de graduação em Museologia, intitulada 'Se essa rua fosse mina'", diz trecho da comunicado, em que a UnB diz analisar imagens do circuito interno de câmeras para identificar os responsáveis.
Foram canceladas aulas, nesta segunda, em departamentos como o Instituto de Artes e os núcleos de Antropologia e Ciências da Saúde. Diante das ameaças, estudantes de Administração enviaram e-mails à secretaria pedindo suspensão das atividades.
Ecos
O combate a uma suposta ideologia de esquerda no ambiente de ensino é uma das principais bandeiras do PSL, partido do presidente eleito. A deputada estadual Ana Carolina Campagnolo (PSL-SC) divulgou em redes sociais um banner em que pede a denúncia de docentes que venham a fazer "queixas político partidárias em virtude Da Vitoria de Bolsonaro".
A professora de ensino médio, cujos slogans são "Por uma escola sem partido" e "Educação de qualidade de verdade", pede que as aulas sejam gravadas e enviadas para um número de WhatsApp. O banner solicita nome do professor, da escola e cidade em que o material foi registrado, e garante o anonimato de todos os "denunciantes".
Os episódios de cerceamento à atividade em ambiente acadêmico estão em curso em outros estados, e já têm reação de políticos e pesquisadores. Deputado federal do PT paulista, Paulo Teixeira protestou no Twitter contra a situação e publicou um vídeo (veja abaixo) em que Bolsonaro faz a mesma orientação sobre gravação de professores em sala de aula.
"Eleito propõe caça às bruxas nas Universidades. No dia de hoje o MBL dedica-se à perseguição aos professores na USP [Universidade de São Paulo], na UnB, em Santa Catarina e outros lugares. É o fim da liberdade de cátedra", reclamou o petista, que veiculou na postagem o vídeo de Bolsonaro.
Leia a nota da UnB:
A Administração Superior da Universidade de Brasília vem acompanhando, com atenção, posts nas redes sociais e publicações na imprensa sobre potenciais transtornos à rotina da Universidade em razão dos resultados da eleição do último domingo, 28. A UnB comunicou o Ministério da Educação e pediu o apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF e da Polícia Federal, que podem ser acionadas em caso de necessidade. Solicitou também à Advocacia-Geral da União (AGU) que proponha, junto ao Poder Judiciário, medida cautelar preventiva com vistas a garantir a segurança da comunidade da UnB.
No fim de semana, foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no prédio do ICC. Os atos incluíram a destruição de cartazes de uma exposição dos estudantes do curso de graduação em Museologia, intitulada "Se essa rua fosse mina". A equipe da Prefeitura do Campus recolheu os adesivos e limpou as pichações. Está fazendo um levantamento das imagens das câmeras de segurança para proceder aos encaminhamentos necessários.
A UnB repudia atos de vandalismo e reitera seu compromisso com a paz e com os valores do Estado democrático de direito, que incluem a liberdade de cátedra e de opinião, com respeito ao próximo e aos direitos humanos. A Universidade continuará com suas atividades acadêmicas e administrativas, em atenção ao cumprimento de sua missão institucional: o ensino, a pesquisa e a extensão.
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