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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Thais Rodrigues
30/10/2020 | Atualizado 9/11/2020 às 18:04
 
 
Atualmente, ela compõe a candidatura conjunta Mulheres Negras Sim (Psol-MG) com sua colega Tainá Rosa e pretendem ocupar cadeiras na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. A Câmara da capital mineira não tem representação de mulheres negras. "Se você coloca nas redes que 'vidas negras importam' essa é a hora de colocar em prática votando em pessoas negras, dando voto de confiança nas nossas propostas, estando ao lado de quem pensa igual a você", afirma Lauana. No Norte do país, candidaturas como a de Nazaré Cruz (PT-PA), candidata a vereadora de Belém (PA), também marcam os novos rumos que a política tem tomado. Uma mulher negra comum, nascida e criada em uma família pobre, periférica e trabalhadora. "Sou o que se chama de 'arrimo de família', ou seja, eu mesma sou a responsável pela minha casa, onde moro com meu filho de nove anos", conta. Se eleita, ela pretende pautar a economia solidária, criar espaços para produção de arte, cultura e lazer e discutir o direito à moradia. Trajetória Para a cientista política e mestra em direitos humanos, democracia, construção de identidades e movimentos sociais, Nailah Neves Veleci, a candidatura das mulheres negras enfrenta dois obstáculos: o racismo estrutural e o patriarcalismo. Ela explica que o ultimo é uma imposição de uma estrutura de poder a povos que não eram patriarcais. Como indígenas e africanos, que eram matriarcais. "Alguns povos até tinham outras formas de poder, como a senioridade", afirma. Veleci explica que uma das primeiras ações afirmativas que existiram foi a inclusão da história negra nas escolas. "Depois temos as cotas raciais nas universidades, o que faz com que mais pessoas negras possam acessar o ensino superior. Assim, como consequência tem-se médicas negras, advogadas negras, filósofas negras, que passam a questionar ainda mais as estruturas do governo e as políticas públicas. Entramos nestas eleições com este cenário, para pautar o racismo em diversas áreas", explica. Divisão proporcional dos fundos de campanha Em agosto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou que o dinheiro do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral seja destinado de forma proporcional às campanhas de candidatas e candidatos negros. Apesar da decisão motivar autodeclarações que antes não existiam, essa foi uma conquista do movimento negro no ambiente político e não ofusca as discussões essenciais. "O que nós queremos é mais direito, que tenhamos condições dignas de trabalho e de atuação política dentro de nossas comunidades", diz Lindinalva de Paula, candidata a vereadora de Salvador (BA). [caption id="attachment_463897" align="alignleft" width="317"]Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Mulheres Negras SIM 50027 (@mulheresnegrassim) em
 Equipe Mulheres Negras Decidem. Fabiana Pinto à esquerda. Foto: Lis Pedreira[/caption]
Movimentos como o Mulheres Negras Decidem, e institutos como o Marielle Franco e o UpDate são algumas das iniciativas criadas para auxiliar na visibilidade de mulheres negras que querem mudar a política nacional. Todas estas ações contam com pesquisas, tratamento de dados e estudos sociológicos para oferecer material formativo para as mulheres darem início e seguimento às suas campanhas. Em uma pesquisa chamada Eleitas- mulheres na política, o Instituto UpDate, de São Paulo, percorre diversos países com realidades distintas para falar sobre a inovação política das mulheres eleitas na América Latina. Já em um projeto denominado Im.pulsa, foi construída uma plataforma digital gratuita com formação política e consultorias para mulheres negras que desejam ser candidatas e não têm verba para se qualificar.
Fabiana Pinto, articuladora política do movimento Mulheres Negras Decidem e pesquisadora do Instituto Marielle Franco, ressalta a importância dessas organizações para narrar e documentar quais os projetos políticos que essas mulheres querem para o Brasil. "Fomentar a candidatura de mulheres negras é fundamental para o processo de país que todas nós queremos. A gente precisa transformar esse boom de candidaturas de pessoas negras em maior número de pessoas negras eleitas de fato".
Movimento de mulheres negras pede ao STF ações contra o racismo e a violência de gênero 
STF decide que reserva de verba a candidatos negros vale nas eleições 2020
 Equipe Mulheres Negras Decidem. Fabiana Pinto à esquerda. Foto: Lis Pedreira[/caption]
Movimentos como o Mulheres Negras Decidem, e institutos como o Marielle Franco e o UpDate são algumas das iniciativas criadas para auxiliar na visibilidade de mulheres negras que querem mudar a política nacional. Todas estas ações contam com pesquisas, tratamento de dados e estudos sociológicos para oferecer material formativo para as mulheres darem início e seguimento às suas campanhas. Em uma pesquisa chamada Eleitas- mulheres na política, o Instituto UpDate, de São Paulo, percorre diversos países com realidades distintas para falar sobre a inovação política das mulheres eleitas na América Latina. Já em um projeto denominado Im.pulsa, foi construída uma plataforma digital gratuita com formação política e consultorias para mulheres negras que desejam ser candidatas e não têm verba para se qualificar.
Fabiana Pinto, articuladora política do movimento Mulheres Negras Decidem e pesquisadora do Instituto Marielle Franco, ressalta a importância dessas organizações para narrar e documentar quais os projetos políticos que essas mulheres querem para o Brasil. "Fomentar a candidatura de mulheres negras é fundamental para o processo de país que todas nós queremos. A gente precisa transformar esse boom de candidaturas de pessoas negras em maior número de pessoas negras eleitas de fato".
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