Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
21/5/2020 17:14
Quando soube dos vetos, Cezinha ficou irritado com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) e técnicos do Ministério da Economia por terem dito que apoiavam as mudanças feitas por ele, que incluiu novas categorias ao projeto enviado pelo Senado. Hoje, segundo ele, a questão está superada. "Falei para o presidente que o combinado não sai caro e que os vetos frustravam as categorias que esperavam contar com o recurso. Mas ele disse que não tinha dinheiro", declarou. "Mas hoje estamos estabilizados", acrescentou.
Líder do governo no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) disse ao Congresso em Foco que defenderá, em reunião de líderes amanhã, que os vetos presidenciais sejam analisados por ordem cronológica. "De forma preliminar, estamos defendendo a obediência ao regimento que prevê que os vetos serão apreciados por ordem cronológica! Se confirmada , teremos um bom tempo para trabalhar a manutenção do veto. Vamos aguardar", afirmou.
Para o líder do Solidariedade, partido que integra o Centrão, Paulo Pereira da Silva (SP), os vetos serão mantidos porque o Congresso entende que não é momento de aumentar ainda mais os gastos públicos no momento em que trabalhadores do setor privado estão tendo salário reduzido.
"Com o Centrão agora, acho difícil [cair o veto]. Eu votarei pra derrubar. Mas creio que agora os vetos serão mantidos em sua maioria", disse um deputado sob condição de anonimato.
O líder do DEM, Efraim Filho (PB), também considera difícil reunir os votos necessários para a derrubada dos vetos na Câmara. "Vamos avaliar ainda com a bancada para ter posição definitiva. É um tema sensível e a posição pessoal de cada um conta", avalia.
A insatisfação com a decisão de Bolsonaro é maior no Senado. Autor do projeto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acredita na possibilidade de o Congresso rever os vetos. "O senhor Jair Bolsonaro trouxe alguns vetos covardes. Vetou acumular o Bolsa Família com os outros benefícios. Vetou todas as categorias que tiveram suas atividades econômicas impactadas pela pandemia, como é o caso de taxistas, mototaxistas, motoristas de aplicativos, caminhoneiros, pescadores e tantas outras", afirmou o líder da oposição na Casa.
Do projeto original, Bolsonaro manteve basicamente dois pontos: a concessão do auxílio emergencial a mães menores de 18 anos e a suspensão das parcelas de empréstimos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para os contratos adimplentes antes da vigência do estado de calamidade pública.
> As últimas notícias da pandemia de covid-19

Tags
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos
Relações exteriores
Senado dos EUA aprova projeto que derruba tarifa contra o Brasil