Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Mourão e Eduardo Bolsonaro celebram golpe de 64; maioria dos ... | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Mourão e Eduardo Bolsonaro celebram golpe de 64; maioria dos políticos repudia

Guilherme Mendes

Guilherme Mendes

31/3/2021 16:19

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO

Após pronunciamento de Mourão cobrando resposta de militares sobre ações da PF, vice-líder do Psol anunciou representação na PGR. Foto: Bruno Batista/VPR

Após pronunciamento de Mourão cobrando resposta de militares sobre ações da PF, vice-líder do Psol anunciou representação na PGR. Foto: Bruno Batista/VPR
Entre políticos brasileiros o dia 31 de março de 2019 foi, em sua maioria, uma data para relembrar os horrores da ditadura militar, iniciado em 1964. Enquanto as redes sociais são dominadas com trechos do discurso de Ulysses Guimarães na promulgação de 1988, citando "ódio e nojo" à ditadura, são poucos os políticos eleitos que vieram a público declarar apoio ao golpe antidemocrático de 1964. Um deles foi o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O general publicou nesta quarta-feira uma homenagem aos militares que depuseram João Goulart. Para o vice-presidente brasileiro, a ação impediu que comunistas "fincassem suas tenazes" no país.

Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e Honra!

📸FGV/CPDOC pic.twitter.com/j1SmtHwd93 - General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 31, 2021
No Congresso Nacional, que foi fechado por três vezes pelos generais da ditadura, ao menos três parlamentares deram apoio público ao golpe. Filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também disse que o golpe "ocorreu dentro da lei, com apoio da população e garantiu um Brasil livre". Para o parlamentar, os louros deveriam se manter com as Forças Armadas, "embora a história [seja] contada pelos mesmos bandidos da esquerda." Outro a aludir a data de maneira positiva foi o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que chamou o dia 31 de março como "Dia de Relembrar os Heróis da Pátria.". Já Guiga Peixoto (PSL-SP) buscou argumento na luta contra o comunismo para justificar a quebra da democracia. "Talvez hoje, seríamos uma Venezuela piorada.", escreveu A manifestação, no entanto, ficou restrita a este núcleo duro do governo de Jair Bolsonaro, que ganhou há duas semanas o direito de comemorar o golpe militar. Nem mesmo nomes expressivos do bolsonarismo, como o ex-ministro Abraham Weintraub, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestaram sobre a data. Para os políticos eleitos que lembraram a data, o tom adotado foi de que não há nada a se comemorar. "Hoje faz 57 anos que o Brasil vivenciou o golpe de 64 e o início de uma ditadura militar cruel", escreveu o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (AL). "Essa tragédia manchou a história nacional com perseguições, mortes e sepultamento de liberdades" Já o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ressaltou que a data passa por uma sobrevida no governo de Jair Bolsonaro. "Vamos nos lembrar da data de hoje para que ela nunca mais volte a acontecer no país. Liberdade e democracia, sempre", anotou.

É muito sintomático que membros deste governo tentem reinterpretar os fatos históricos para dar um verniz democrático a um golpe de Estado. É aí que eles revelam o ódio que sentem do regime democrático e das liberdades.

- Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) March 31, 2021
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também se manifestou contra a possibilidade de celebrar tal data.

O Golpe de 1º de abril de 1964 faz parte da História, assim como muitas outras infâmias, a exemplo dos horrores da 2ª Guerra Mundial. A História das misérias humanas deve servir como advertência para que não repitamos os mesmos erros, jamais para celebração! #DitaduraNuncaMais

- Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) March 31, 2021
O repúdio à data contou com apoio público de dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Gilmar Mendes disse que o 31 de março "não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária". Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também defendeu a democracia. "Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH da América Latina", escreveu. > Na CCJ, oposição critica golpe de 64, cobra Bia Kicis e adia votações > Oposição pede impeachment de Bolsonaro por "cooptação" das Forças Armadas
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Jair Bolsonaro Luís Roberto Barroso golpe de 1964 hamilton mourão Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) Alessandro Vieira (Cidadania-SE) Otoni de Paula (PSC-RJ) Fabiano Contarato (Rede-ES)

Temas

Justiça Governo Congresso
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

Carlos Fidelis e Clara Fagundes

Bolsonaro sacrifica apoiadores para escapar do naufrágio

2

Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo

Incertezas sobre o descomissionamento no Repetro

3

Simone Marquetto

O Brasil precisa do agro e o meio ambiente alinhados

4

Alexandre Uhlig

A agenda legislativa socioambiental do Setor Elétrico

5

Lúcio Reiner

Quando o inimigo vem pelo lado B

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES