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Congresso em Foco
11/7/2008 | Atualizado 12/7/2008 às 22:47
Assim que soube da suposta espionagem em seu gabinete, Gilmar Mendes enviou denúncia à Corregedoria Nacional de Justiça, ao Tribunal Regional Federal de São Paulo e ao Conselho da Justiça Federal. Mendes telefonou para o ministro da Justiça, Tarso Genro, para pedir explicações a respeito. Tarso negou que houvesse qualquer tipo de ordem na PF para investigar as ações no gabinete de Mendes. Segundo a Constituição Federal, apenas outro ministro do Supremo pode determinar tal procedimento no escritório do presidente da corte.
Daniel Dantas é acusado pela PF de encabeçar, junto com o investidor Naji Nahas e com apoio do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, um grande esquema de desvio de dinheiro público e crimes financeiros que já teria movimentado bilhões de reais. As defesas de Naji Nahas e Celso Pitta pediram e receberam a extensão a seus clientes do habeas corpus concedido para Dantas, e foram soltos ontem (10). Libertado na quarta-feira (9) por habeas corpus concedido por Gilmar Mendes, Dantas foi novamente preso ontem (10), em seu escritório na capital paulista.
Calhamaço
As movimentações financeiras bilionárias e irregulares supostamente operadas por Dantas, Nahas e Pitta estão registradas em sete mil páginas de grampos telefônicos e telemáticos compilados pela Operação Satiagraha. Segundo o jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, eles evidenciam "uma história de espionagem empresarial, intermediações, truques, cobiça e os passos" daquele que seria o comandante do esquema de crimes financeiros e desvio de dinheiro público, Daniel Dantas. Os principais comandados seriam, segundo as investigações, Naji Nahas, Celso Pitta e o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
Um dos grampos comprovou que Dantas teria designado dois agentes de confiança para oferecer suborno a um agente da PF, em troca da exclusão dos crimes cometidos pelo banqueiro e seus familiares – como a irmã Verônica. Executada em 29 de maio, a escuta telefônica mostra ainda conversa que o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, teve com o petista Greenhalgh, em que o primeiro se compromete a consultar o diretor-geral da PF, delegado Luiz Fernando Correa, a fim de reunir mais informações sobre o caso. O assunto do diálogo: as investigações sobre o Opportunity, banco de Daniel Dantas.
Outro grampo flagra o investidor Naji Nahas, ligado ao Opportunity, articulando com um amigo movimentações financeiras supostamente irregulares, valendo-se de informações privilegiadas obtidas de Nahas junto ao presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
A irmã de Daniel Dantas, Verônica, é apanhada por um dos grampos, no dia 14 de maio, definindo acertos com um certo Arthur. Administrador de São Paulo entre 1997 e 2000, Pitta também é flagrado em negociação com doleiros. Consultado sobre a coincidência de nomes, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), negou ser o interlocutor de Verônica. (Fábio Góis)
Matéria atualizada às 17:44.
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