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ENTREVISTA COLETIVA
Congresso em Foco
3/6/2025 14:01
O presidente Lula voltou a criticar nesta terça-feira (3), durante entrevista coletiva, as manifestações do governo dos Estados Unidos sobre a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em entrevista no Palácio do Planalto, Lula classificou como inadmissível que um país estrangeiro comente decisões da Suprema Corte brasileira.
"Eu vou dizer o que eu penso, e o que eu pensar vai ser a decisão do governo. Primeiro, é inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país. Se você concorda ou não concorda, silencie. Porque não é correto dar palpite", afirmou Lula.
O presidente reforçou que é essencial respeitar as instituições nacionais e criticou tentativas de interferência internacional. "Eu acho que os Estados Unidos precisam compreender que o respeito à integridade das instituições de outros países é muito importante. Porque nós achamos que um país não pode ficar se intrometendo na vida do outro, querendo punir um outro país. Isso não tem cabimento", acrescentou.
Ainda na coletiva, Lula também direcionou críticas contundentes ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos, onde tem se reunido com autoridades locais pedindo sanções contra autoridades brasileiras. A conduta do parlamentar é alvo de um inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última semana.
"Por enquanto, o que nós temos é fala de pessoas, mas pode ficar certo de que o Brasil vai defender não só o seu ministro [Moraes], mas a Suprema Corte. O que é lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos a se meter na política externa do Brasil."
"É isso que é grave, é isso que é uma prática terrorista. Uma prática antipatriótica. O cidadão que é deputado pede licença do seu mandato para ir ficar tentando lamber as botas do Trump e de assessores do Trump pedindo intervenção na política brasileira. Não é possível aceitar isso."
O presidente também alertou para os riscos da disseminação de desinformação. "É preciso que haja o mínimo de bom senso. Se essa gente pensa que vai ganhar a consciência da sociedade com mentira, é um ledo engano", declarou.
As falas de Lula foram motivadas por um ofício enviado pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil, comentando sobre a atuação de Alexandre de Moraes. Segundo o Ministério da Justiça, o documento tem caráter meramente informativo e não resultará em qualquer encaminhamento oficial. O ofício foi uma resposta a decisões judiciais brasileiras que determinaram o bloqueio de redes sociais de empresas americanas no país.
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