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Depoimento ao STF
Congresso em Foco
3/6/2025 18:30
O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, comunicou ao presidente Jair Bolsonaro que o prenderia caso tentasse colocar em prática medidas de ruptura institucional após as eleições de 2022.
A declaração foi prestada em 21 de maio, durante audiência no âmbito da ação penal que investiga uma suposta trama para reverter o resultado do pleito presidencial daquele ano. O conteúdo do depoimento foi tornado público nesta terça-feira (3), junto a outros vídeos de testemunhas ouvidas no processo.
Durante o depoimento, Baptista relatou que a fala de Freire Gomes teria ocorrido em uma reunião no Palácio da Alvorada, no início de novembro de 2022. Segundo ele, estavam presentes os três então comandantes das Forças Armadas: além de Freire Gomes, o almirante Almir Garnier Santos (Marinha) e o general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Baptista disse não se recordar da presença de civis na ocasião.
"O general Freire Gomes é uma pessoa polida, educada, não falou essa frase com agressividade, mas colocou exatamente isso: 'Se o senhor fizer isso, terei que te prender'", relatou Baptista ao ser questionado diretamente pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre o teor da suposta ameaça.
O ex-comandante da Aeronáutica afirmou ainda que havia incômodo entre os chefes militares com as menções à possível aplicação de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que vinha sendo discutido por Bolsonaro com auxiliares à época. Segundo Baptista, o mal-estar ocorreu porque os militares passaram a perceber que a proposta da GLO poderia estar sendo usada com objetivo diverso da preservação da ordem pública - finalidade original prevista em lei.
"Em momento algum foi dito que o objetivo era um golpe de Estado, mas começamos a imaginar que a GLO não era para manter a paz social", disse Baptista.
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