Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Economia
Congresso em Foco
9/6/2025 17:13
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-RS), criticou, nesta segunda-feira (9), a possibilidade de tributação da letra de crédito do agronegócio (LCA) como alternativa para aumentar a arrecadação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se no domingo (8) com os presidentes das Casas e líderes partidários para discutir o recuo do Executivo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
 
 
Após a reação negativa de setores empresariais e do Congresso Nacional, a Fazenda decidiu recuar do aumento do IOF. Como alternativa, Haddad apresentou novas medidas, que devem vir em medida provisória, para compensar o que não será arrecadado. Conforme a pasta, o aumento do imposto teria um impacto de R$ 20 bilhões em 2025.
Entre as medidas apresentadas pela Fazenda, está a tributação da LCA e da letra de crédito imobiliário (LCI). Atualmente, esses investimentos em títulos de renda fixa são isentos do Imposto de Renda. A equipe econômica pretende impor uma alíquota de 5% sobre as letras de crédito. Para o deputado Pedro Lupion, a medida desincentiva os investimentos no setor da agropecuária.
"Primeiro o Governo cria um problema (aumento do IOF). Depois tenta resolver com mais aumento de tributação, focando no agro (tributação das LCAs). Mas isso encarece o crédito e desincentiva a produção rural. Não se falou em corte de gastos", escreveu nas redes o presidente da FPA. "Ajustar as contas requer mais do que nova tributação: exige enfrentar a despesa pública e escolher prioridades de maneira transparente, sob pena de se repetir o ciclo de aumentos tributários com baixo resultado fiscal e alto custo econômico".
Outras medidas apontadas
Além de tributar a LCA e LCI, Haddad ainda anunciou outras quatro medidas para aumentar a arrecadação:
O ministro defendeu as medidas como forma de corrigir distorções no sistema de crédito. "Algumas empresas têm acesso a crédito mais barato que o Tesouro. Isso não faz sentido", afirmou.
A medida também prevê que instituições financeiras que hoje pagam 9% de Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL) passem a pagar 15% ou 20%, encerrando a alíquota intermediária.
A nova MP será anunciada com o retorno do presidente Lula da França, previsto para esta terça (11). Parte do decreto já foi revogada, como o IOF sobre aplicações de fundos no exterior.
Temas
LEIA MAIS
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física