Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Israel decide deportar ativista brasileiro, informa advogada à família

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

FLOTILHA DA LIBERDADE

Israel decide deportar ativista brasileiro, informa advogada à família

Thiago Ávila e outros sete participantes de coalizão internacional serão mandados de volta para os seus países, segundo entidade que defende militantes pró-Palestina.

Congresso em Foco

11/6/2025 | Atualizado às 9:55

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O governo de Israel reviu sua posição e decidiu deportar os oito ativistas pró-palestinos detidos ao tentarem levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza a bordo de uma embarcação. Entre eles está o brasileiro Thiago Ávila, coordenador da chamada Coalizão Flotilha da Liberdade, que se recusou a assinar os termos de deportação propostos pelas autoridades israelenses. A informação foi repassada à família de Thiago por representantes da Adalah, organização de direitos humanos responsável por sua defesa. Em contato nesta manhã com a família do brasiliense, a advogada da entidade que cuida do caso dele afirmou que os presos não precisarão assinar os termos impostos por Israel para serem liberados.

Ativistas de coalizão foram detidos no último domingo por forças israelenses. Desde então, oito dos 12 militantes que estavam no barco estão presos.

Ativistas de coalizão foram detidos no último domingo por forças israelenses. Desde então, oito dos 12 militantes que estavam no barco estão presos.Reprodução/Instagram

O grupo foi levado para a prisão de Givon, na cidade de Ramla, após a interceptação da embarcação Madleen pela marinha israelense. Dos 12 ativistas originalmente a bordo, quatro aceitaram a deportação e já retornaram a seus países, incluindo a ativista climática Greta Thunberg. Os outros oito se recusaram a admitir que cometeram qualquer crime ao navegarem rumo ao enclave palestino. Em protesto, Thiago iniciou uma greve de fome nessa terça-feira (10).

Termos para deportação

"Eles disseram que não vão assinar porque entendem que não cometeram o crime que Israel está tentando imputar a eles. Estavam apenas levando ajuda humanitária para Gaza", declarou ao Congresso em Foco o pai de Thiago, Ivo de Araújo Oliveira Filho. Segundo ele, o grupo está unido: "Ninguém aceitará a deportação individualmente se não for para todos".

As entidades que apoiam a Flotilha sustentam que a embarcação estava em águas internacionais no momento da abordagem pelas forças israelenses, o que torna a detenção ilegal, segundo os ativistas. Eles levavam mantimentos e medicamentos para moradores da Faixa de Gaza.

Na segunda-feira (horário de Brasília), os oito militantes que permanecem detidos chegaram a ser levados ao aeroporto de Tel Aviv, onde deveriam assinar os termos de deportação. Segundo a família, os interrogatórios individuais geraram preocupação com o paradeiro de alguns dos companheiros. A saída dos quatro primeiros ativistas, incluindo Greta, já estava planejada como parte da estratégia de comunicação do grupo.

"A ideia era que esses quatro, por serem influenciadores, deixassem Israel para contar ao mundo o que ocorreu lá", explicou Lara Souza, psicóloga e esposa de Thiago.

O prazo padrão para deportações em Israel é de até 72 horas após a detenção, o que indica que Thiago e os demais podem deixar o país até quinta-feira (12). A família, no entanto, segue apreensiva com o destino do brasileiro, já que ele exerce papel de liderança na coalizão.

Bloqueio israelense

A Flotilha da Liberdade, da qual Thiago é um dos coordenadores, surgiu em 2010 como uma iniciativa internacional de desobediência civil contra o bloqueio israelense à Faixa de Gaza. Organizada por uma rede de entidades civis de diferentes países, a flotilha opera sem vínculo com partidos ou governos. Seu objetivo é chamar atenção global para as restrições impostas à população palestina e pressionar por sua suspensão com base no direito internacional humanitário.

Mais do que transportar ajuda simbólica, como medicamentos, alimentos e itens infantis, as missões visam expor o bloqueio como uma forma de punição coletiva. A escolha dos tripulantes e das embarcações tem, muitas vezes, um forte componente simbólico. É o caso do barco Madleen, nome que homenageia a única mulher pescadora de Gaza, figura que, segundo os organizadores, encarna a resistência diária das mulheres sob o cerco israelense.

A presença de ativistas de países como França, Alemanha, Holanda, Suécia, Espanha e Turquia ampliou a dimensão diplomática da iniciativa. Ao reunir cidadãos de diversas nacionalidades, os organizadores esperam constranger Israel e forçar a comunidade internacional a se posicionar.

Leia ainda:

Brasil cobra libertação de ativista brasileiro detido por Israel

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Israel Thiago Ávila Palestina faixa de gaza

Temas

Direitos Humanos

LEIA MAIS

DETIDO EM ISRAEL

Brasileiro vai para solitária após ordem de deportação, diz família

Relações Exteriores

Acordo sobre serviço aéreo entre Brasil e Israel é aprovado no Senado

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

INTERROGATÓRIO

Bolsonaro chama Moraes para ser vice em 2026, que nega: "Eu declino"

2

8 DE JANEIRO

Bolsonaro: manifestantes acampados no QG do Exército eram "malucos"

3

ORÇAMENTO

Nova decisão sobre emendas inflama Congresso e ameaça decreto do IOF

4

INTERROGATÓRIO NO STF

Citado por Fux, Bebianno alertou em 2019 que Bolsonaro tentaria golpe

5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Haddad acusa deputados de "molecagem" e sessão na Câmara vira tumulto

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES