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TARIFAÇO DO TRUMP

Senadores se reúnem com parlamentares dos EUA para discutir tarifaço

Comitiva do Senado intensifica agenda diplomática a três dias da entrada em vigor de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Congresso em Foco

29/7/2025 9:11

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Faltando três dias para que entre em vigor a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras anunciada por Donald Trump, senadores brasileiros iniciaram nesta terça-feira (29) a fase mais sensível de sua missão oficial aos Estados Unidos. O grupo, composto por oito parlamentares e liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, busca apoio no Congresso americano e no setor privado para tentar reverter ou adiar a medida, considerada uma das mais agressivas contra o comércio bilateral nos últimos anos.

A tarifa, prevista para entrar em vigor na sexta-feira (1º), atinge diretamente produtos como aço, alumínio, alimentos e manufaturados, com potencial de provocar prejuízos de até R$ 175 bilhões em dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Nelsinho Trad, que lidera a missão do Senado, e a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti,

Nelsinho Trad, que lidera a missão do Senado, e a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti,Ascom/Nelsinho Trad

Missão estratégica em Washington

Nesta terça, os senadores têm uma série de reuniões reservadas com congressistas norte-americanos, tanto democratas quanto republicanos, para articular a reabertura de canais políticos entre os parlamentos dos dois países. Os nomes dos interlocutores, entretanto, não foram divulgados por "estratégia e segurança", conforme afirmou Nelsinho Trad: "Estamos guardando essa informação para que não haja nenhuma interferência no sentido de inibir ou cancelar qualquer agenda previamente marcada."

Ao final do dia, a comitiva concederá uma entrevista informal na escadaria do Capitólio, às 18h30 (horário de Washington).

Resistência bolsonarista e tentativa de boicote

A agenda da missão ocorre sob clima de tensão política, alimentado por tentativas de interferência do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março em articulações com o governo Trump e parlamentares republicanos.

Eduardo atua nos bastidores para deslegitimar a missão do Senado e tenta convencer aliados americanos a ignorarem as solicitações brasileiras. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro reivindicou mérito pessoal pela imposição da tarifa e trabalha para manter as sanções como forma de retaliação às ações judiciais contra seu pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota divulgada antes da viagem da comitiva, Eduardo criticou duramente os senadores, afirmando que a missão é "vazia de legitimidade" e que "não haverá recuo" por parte do governo Trump enquanto o Brasil não cumprir exigências como a interrupção dos processos judiciais contra Jair Bolsonaro.

Até mesmo aliados do ex-presidente, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Paraná, Ratinho Jr., e de Minas Gerais, Romeu Zema, têm sido atacados por Eduardo após tentativas diplomáticas para suavizar o impacto das tarifas junto a representantes dos EUA.

Apoio do setor privado e articulações empresariais

Na segunda-feira (28), os senadores se reuniram com executivos de grandes corporações norte-americanas. Entre elas, Cargill, ExxonMobil, Johnson & Johnson e Caterpillar, e com representantes da Câmara Americana de Comércio, maior organização empresarial do mundo.

Durante os encontros, os parlamentares articularam apoio a uma possível manifestação conjunta da Câmara de Comércio, pedindo o adiamento da tarifa, sob o argumento de que a medida prejudica a previsibilidade das cadeias produtivas, inclusive nos EUA.

"Não viemos com bandeira ideológica, viemos com dados e responsabilidade. O 'não nós já temos, viemos correr atrás do 'sim", disse Nelsinho Trad.

Especialistas jurídicos e econômicos também alertaram que, mesmo que haja derrotas judiciais, a Casa Branca pode reinstaurar tarifas por outros instrumentos legais, o que torna ainda mais crucial a pressão política direta no Congresso americano.

A agenda oficial dos senadores prossegue na quarta-feira (30) com dois compromissos estratégicos:

8h30 Encontro com representantes da Americas Society/Council of the Americas, que reúne lideranças empresariais e da sociedade civil dedicadas ao fortalecimento das relações interamericanas.

10h15 Coletiva oficial na Embaixada do Brasil em Washington, com balanço dos resultados da missão.

Parlamentares da missão

A missão foi aprovada por unanimidade no plenário do Senado e é composta por parlamentares de diferentes partidos, incluindo governo e oposição. Dos oito integrantes, cinco são aliados de Jair Bolsonaro.

Integram o grupo:

  • Nelsinho Trad (PSD-MS)
  • Jaques Wagner (PT-BA)
  • Tereza Cristina (PP-MS)
  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
  • Rogério Carvalho (PT-SE)
  • Carlos Viana (Podemos-MG)
  • Fernando Farias (MDB-AL)
  • Esperidião Amin (PP-SC)

O risco bilionário de uma ruptura

A reintrodução da tarifa ocorre em um contexto eleitoral nos Estados Unidos, com Trump disputando apoio de setores nacionalistas e industriais. A resposta brasileira, embora limitada no plano executivo, aposta no peso simbólico do Senado e no diálogo com o setor privado como formas de tentar mitigar os danos.

Enquanto isso, a indústria brasileira observa com apreensão o avanço das tratativas em Washington. O impacto da medida pode desorganizar cadeias de exportação e encarecer produtos, com efeitos colaterais para ambos os lados.

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