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SERVIÇO PÚBLICO
Congresso em Foco
27/8/2025 12:23
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (27) que a reforma administrativa será uma das principais pautas do Legislativo no segundo semestre. Segundo ele, a proposta busca modernizar o Estado, melhorar a qualidade dos serviços públicos e combater o desperdício, mas não terá como base a polêmica PEC 32/20, que chegou a ser debatida na legislatura passada e previa o fim da estabilidade de servidores.
"Nosso intuito não foi fazer uma reforma para perseguir o servidor público. Tanto é que procuramos não levar em consideração a PEC 32/20, para não haver uma confusão sobre o objetivo. Queremos mudanças que tragam modernização do Estado e entreguem para as próximas gerações um Estado mais enxuto", afirmou o deputado, durante evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela rádio CBN.
Para avançar na reforma administrativa, ele defendeu um processo de diálogo com as bancadas, ajustes de pontos de resistência e construção de uma proposta que possa ir a voto. "No que depender da presidência, vamos dar total prioridade a essa tramitação", disse.
Hugo ressaltou que a prioridade da Câmara é aprovar uma proposta que resulte em eficiência, sustentabilidade fiscal e valorização do serviço público, ainda que nem todos os setores saiam satisfeitos. "É claro que não vamos fazer uma reforma administrativa agradando a todos. Para rever a eficiência do Estado é preciso tomar medidas que desagradem um ou outro", disse.
Tabela remuneratória
Também presente ao evento do Grupo Globo, o relator da reforma, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), destacou que um dos pontos centrais será a criação de uma tabela remuneratória unificada e padronizada para o funcionalismo público. Para ele, essa medida será para a reforma administrativa o que o IVA representou na reforma tributária: um eixo de convergência.
"A tabela ataca o coração das desigualdades do serviço público, organiza o sistema de salários para efetivamente valorizar o servidor, rever as carreiras e questões salariais", afirmou.
Prerrogativas
Além da reforma administrativa, Hugo Motta disse que a PEC das Prerrogativas (PEC 3/21) também é prioridade da Casa. A proposta, chamada por críticos de "PEC da Blindagem", altera as regras de imunidade parlamentar e restringe a possibilidade de prisão em flagrante de deputados e senadores.
Segundo o presidente da Câmara, não se trata de uma retaliação ao Judiciário, mas de um direito do Legislativo de discutir uma revisão constitucional. "Há um sentimento da Casa de que essa atividade parlamentar precisa ser melhor dimensionada do ponto de vista legal. No entendimento da Casa, algumas decisões judiciais têm invadido o limite do que é garantido ao parlamentar", justificou.
Ele afirmou ainda que a votação da PEC da segurança pública também está entre as prioridades do Plenário neste semestre.
Questionado sobre a PEC das agências reguladoras, que daria mais poder ao Legislativo sobre a indicação de dirigentes desses órgãos, Motta disse que o tema não está entre as prioridades da Câmara. Para ele, as indicações políticas, por si só, não devem ser criminalizadas. "Há indicações políticas boas e ruins", afirmou.
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