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DEPUTADA PRESA
Congresso em Foco
28/8/2025 10:26
A Justiça da Itália decidiu que a deputada brasileira Carla Zambelli (PL-SP) deve permanecer presa em Roma enquanto tramita o processo de extradição solicitado pelo Brasil. A decisão foi tomada pela Corte de Apelação da capital italiana, um dia após a parlamentar ter sido ouvida por três juízes no país europeu.
Veja a decisão da Justiça da Itália (texto original, em italiano)
O tribunal concluiu que existe o "grau máximo de perigo de fuga" caso Zambelli seja liberada. Além disso, após avaliar laudos médicos, os magistrados entenderam que não há impedimentos clínicos para que ela permaneça em regime prisional. Este é o segundo revés da deputada em uma semana: na última sexta-feira ela foi condenada a 5 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ter perseguido, com arma de fogo, um jornalista na véspera da eleição presidencial de 2022. Apenas 2 dos 11 ministros votaram contra sua condenação.
Condenação no Brasil e pedido de extradição
Zambelli foi condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão e multa equivalente a 2 mil salários mínimos pelos crimes de invasão de sistema informático com grave dano econômico e falsidade ideológica, praticados entre setembro e dezembro de 2022.
A condenação levou o ministro Alexandre de Moraes a solicitar sua extradição. O processo segue em análise pela Justiça italiana, que avaliará se o Brasil atende aos requisitos legais para a transferência. Enquanto isso, Zambelli permanece detida preventivamente.
A defesa da parlamentar havia pedido que ela aguardasse em liberdade a decisão final, mas o pleito foi negado.
O risco de fuga: o argumento mais forte
Na decisão, os juízes destacaram uma série de elementos que, em seu entendimento, comprovam a disposição de Zambelli em evitar a execução da pena brasileira:
Esses fatores, segundo o tribunal, demonstram uma "clara intenção de se esquivar da Justiça brasileira", tornando arriscado qualquer regime mais brando do que a prisão preventiva.
Saúde sob controle: laudos afastam incompatibilidade
Outro ponto levantado pela defesa foi o estado de saúde da parlamentar. Ela alegou sofrer de doenças que tornariam a permanência no cárcere inadequada.
Um perito independente, no entanto, concluiu que:
O laudo atestou ainda que a unidade prisional onde Zambelli se encontra garante monitoramento constante da saúde e a administração correta de terapias farmacológicas.
Assim, os juízes entenderam que não há qualquer incompatibilidade entre sua condição clínica e a prisão preventiva.
O que diz a decisão
Na ordem assinada pela presidente da Corte, Patrizia Campolo, o tribunal foi categórico: "Rejeita-se a instância. Eventual aplicação de medida menos rigorosa não conteria o risco de fuga da interessada no processo de extradição".
Com isso, Zambelli permanece sob custódia até que a Justiça italiana decida sobre o mérito do pedido de extradição apresentado pelo governo brasileiro.
Próximos passos do processo
A decisão desta semana não encerra o processo. Ela apenas define que Zambelli seguirá presa enquanto a Itália avalia se concede a extradição.
Os próximos passos incluem:
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