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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
25/9/2025 | Atualizado às 8:20
O senador Jorge Seif (PL-SC) confirmou em entrevista ao Congresso em Foco que o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) será candidato ao Senado por Santa Catarina. Embora declare apoio à candidatura de Carlos, Seif reconhece que a entrada do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa cria um impasse sobre quem será o outro nome do campo bolsonarista: o senador Espiridião Amin (PP-SC) ou a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC). Pré-candidatos ao Senado, um deles ficará sem o apoio do grupo, já que apenas duas vagas estarão em disputa na próxima eleição.
"Carlos tem todo o direito de concorrer. Acho que ele já é candidatíssimo", disse Seif, lembrando que havia um entendimento prévio segundo o qual Jair Bolsonaro escolheria um nome e o governador Jorginho Mello (PL), o outro.
Segundo o senador, a formação da federação entre PP e União Brasil e o desejo de Amin e Caroline de disputar o Senado dificultam uma solução de consenso. "Hoje existe um impasse", resumiu. No próximo pleito, estarão em disputa 54 das 81 cadeiras do Senado. Outros 27 senadores terão mandato até 2031, dos quais 17 são oposicionistas, conforme mostrou o Congresso em Foco.
De acordo com Seif, Amin deve ser o outro nome apoiado por Bolsonaro e Jorginho Mello. Ele, porém, não descarta a possibilidade de Caroline de Toni se lançar à disputa por outro partido.
"Se dividiria muito a direita, mas o povo é soberano para escolher quem ele quer que o represente aqui no Senado", afirmou, sinalizando que o cenário competitivo pode forçar negociações ou até prévias internas.
Meta ambiciosa no plano nacional
Além da disputa em Santa Catarina, Seif destacou a ambição nacional do campo conservador. Segundo ele, após um encontro com Jair Bolsonaro no dia da prisão do ex-presidente, lideranças bolsonaristas projetaram dois cenários: um conservador, com 41 senadores, e outro otimista, com 48.
"Então nós precisaríamos hoje eleger 27", disse Seif. Um cálculo que, segundo ele, garantiria a eleição da Mesa Diretora e o controle político do Senado.
O parlamentar usou a projeção para enfatizar a viabilidade de a direita eleger o presidente da Casa e impor sua pauta. "Se a nossa previsão conservadora de 41 se concluir, nós faremos o presidente do Senado", afirmou.
Esse também é o número mínimo necessário para aprovar, em comissão especial, a abertura de um processo de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal - hipótese considerada improvável no atual cenário, mas defendida por bolsonaristas. Para afastar um ministro, no entanto, é necessário o apoio de ao menos 54 senadores.
Consequências políticas
Seif apresentou a estratégia como reflexo da capacidade de Bolsonaro de formar novas lideranças e articular nomes competitivos. Ele reiterou que, caso o ex-presidente seja impedido de concorrer em 2026, caberá a ele "indicar o caminho" e apoiar alternativas como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior ou Michelle Bolsonaro. "Seria o plano B", resume.
Seif ressaltou que o processo depende de negociações: alianças entre partidos, definição de palanques estaduais e o papel do PL nacional. "Nós formamos liderança, Bolsonaro fez liderança", disse, destacando que o ex-presidente terá condições de coordenar a estratégia e escolher sucessores caso não dispute. Inelegível, Bolsonaro está condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe e outros quatro crimes. O Supremo Tribunal Federal deve analisar nos próximos meses recurso da defesa antes de determinar o início do cumprimento da pena.
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