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SAÚDE
Congresso em Foco
2/10/2025 | Atualizado às 18:45
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quinta (2) que o Brasil chegou a um total de 59 notificações por suspeita de intoxicação por ingestão de metanol, sendo 11 confirmados com detecção laboratorial. Um dos casos em investigação é o rapper Hungria, no Distrito Federal. Os demais foram em São Paulo e Pernambuco.
Padilha destacou que as estatísticas de intoxicação nos últimos dois meses estão muito acima da média anual de 20 notificações. Apenas em agosto, foram 17 pacientes com suspeitas de ingestão de metanol. "Nós estamos numa situação que é anormal, é diferente de tudo que a gente tem na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no nosso país", afirmou.
Uma morte por contaminação com metanol foi confirmada em São Paulo. Outras sete seguem sob investigação: cinco no mesmo Estado e duas em Pernambuco. No caso do cantor Hungria, internado em Brasília, não houve ainda confirmação laboratorial, mas o Ministério da Saúde acompanha o caso de perto e avalia haver alta probabilidade diante dos sintomas apresentados.
A pasta prepara uma nota técnica para orientar profissionais de saúde no atendimento de pacientes com suspeitas de ingestão de metanol. O principal tratamento é feito com etanol terapêutico, fornecido aos centros de assistência toxicológica.
Suspeita criminosa
O aumento da incidência, para o ministro, reforça a tese levantada pelo Ministério da Justiça de que o surto possa ser resultado da ação de uma organização criminosa. O metanol possui sabor parecido com o álcool e preço inferior, podendo ser utilizado para baratear o custo de uma bebida sem que o consumidor perceba. A maioria dos sintomas aparece apenas 24h depois, o que dificulta a intervenção médica. Eles incluem dores abdominais, tontura, náusea e distúrbios visuais.
Além da diferença em relação às estatísticas anteriores, Padilha cita que até então a natureza dos episódios de intoxicação por metanol difere da que existia até então. "Normalmente, os casos de intoxicação por metanol no Brasil estavam associados a pessoas em situação de rua que vão atrás do metanol, que é vendido como combustível, para ingerir, ou pessoas com ação de autoagressão, tentativa de suicídio".
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