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DISPUTA INTERNA
Congresso em Foco
8/10/2025 11:46
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), confirmou nesta quarta-feira (8) que não pretende deixar o governo Lula, mesmo com a abertura de um processo disciplinar no partido que pode resultar em sua expulsão. A declaração ocorre no mesmo momento em que a Executiva Nacional do União Brasil se reúne, em Brasília, para votar a punição ao ministro e a dissolução do diretório estadual do Pará, comandado por ele. O movimento reforça a divisão interna da legenda, que em setembro anunciou o rompimento com o governo e exigiu que seus filiados entregassem os seus cargos no governo.
Sabino reagiu às pressões partidárias e afirmou ter respaldo do presidente Lula. Em entrevista nesta manhã, classificou as medidas da sigla como "equivocadas e açodadas" e defendeu que ainda há espaço para o diálogo.
"O Brasil, que antes nunca recebeu 7 milhões de turistas estrangeiros, receberá 10 milhões neste ano. Vou permanecer no governo, pelo bem do turismo e pelo bem do povo do Pará, que receberá a COP30. Tenho a confiança do presidente Lula e seguirei trabalhando com diálogo, junto à administração do partido. Vamos esgotar até o último minuto. O partido tomou decisões equivocadas e açodadas. Fico ao lado do presidente Lula por entender que é o melhor projeto para o Brasil", declarou.
No último dia 26, Sabino chegou a anunciar que havia entregue uma carta de demissão ao presidente e que dexaria o ministério poucos dias depois.
Dirigentes do União Brasil afirmam que há acordo para suspender imediatamente o diretório do Pará, controlado por Sabino, e abrir processo de punição interna. A expulsão do ministro, contudo, não será automática; dependerá de parecer e votação em instâncias internas da legenda. O relator do caso é o deputado Fábio Schiochet (União-SC).
Na semana passada, o partido publicou uma normativa determinando sanções a filiados que não pedirem exoneração de cargos no governo federal. A resolução é parte do movimento de distanciamento da sigla em relação ao Palácio do Planalto, após meses de tensões internas e críticas à condução política da coalizão.
A permanência do ministro no cargo passou a ser tratada dentro do partido como um fato consumado, o que levou à abertura do processo disciplinar. Mesmo assim, Sabino insiste em permanecer no comando do Turismo, com o argumento de que sua atuação beneficia o setor e o estado que representa.
Com a COP30 prevista para Belém em 2025, o ministro se apoia na importância estratégica do evento para o Pará e busca manter o apoio do Planalto, enquanto o União Brasil tenta se reposicionar no tabuleiro político nacional, rompendo definitivamente com o PT.
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