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EDUCAÇÃO
Congresso em Foco
18/10/2025 13:47
O presidente Lula anunciou neste sábado (18), em São Bernardo do Campo (SP), o lançamento de um novo edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), previsto para dezembro. O programa vai apoiar até 500 cursinhos comunitários em todo o país em 2026, com investimento de R$ 108 milhões. O anúncio foi feito durante um aulão preparatório para o Enem, que reuniu estudantes, professores e lideranças da educação popular.
Ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, Lula afirmou que o objetivo do novo edital é ampliar as oportunidades de acesso ao ensino superior para jovens em situação de vulnerabilidade social.
A iniciativa consolida a CPOP como uma política pública permanente de equidade educacional, coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC).
Instituída pelo Decreto nº 12.410/2025, a rede se articula com outras ações do governo, como o programa Pé-de-Meia, que concede incentivo financeiro para estudantes de baixa renda concluírem o ensino médio, e políticas de acesso à universidade como o Sisu, o Prouni e o Fies.
"A educação é o único caminho transformador da sociedade. Professor tem que ser a profissão mais valorizada, porque todo mundo passa por ele", afirmou Camilo Santana, durante o evento.
Expansão da Rede de Cursinhos
No primeiro edital, lançado em 2024, a CPOP selecionou 384 cursinhos populares, beneficiando 12,1 mil estudantes em todas as regiões do Brasil, com investimento total de R$ 74 milhões. Cada cursinho recebeu até R$ 163,2 mil para pagamento de professores, coordenadores e equipe técnica, além de auxílio-permanência de R$ 200 mensais para até 40 alunos.
Com o novo edital, o MEC pretende ampliar o alcance da rede e fortalecer a estrutura técnica e pedagógica dos cursinhos, garantindo que mais jovens possam se preparar para o Enem e ingressar no ensino superior.
Santana destacou que a meta é chegar a 700 cursinhos apoiados até o fim da atual gestão. Ele ressaltou que a iniciativa reconhece e fortalece experiências de educação popular que já existiam antes do apoio governamental.
"Esses cursinhos sempre existiram por esforço das comunidades. O que o governo faz agora é transformar essa resistência em política pública", afirmou o ministro.
Educação como instrumento de justiça social
Durante o encontro, que contou também com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as falas das autoridades destacaram o papel da educação como mecanismo de justiça social e transformação estrutural do país.
Haddad relembrou sua gestão no MEC e os impactos das políticas de cotas e programas de acesso à universidade.
"Antes, quem estudava em escola particular ia para universidade pública, e quem vinha da escola pública tinha que pagar faculdade. O Prouni e as cotas mudaram isso. Hoje, as universidades públicas têm mais a cara do Brasil", afirmou.
O ministro comparou a reserva de vagas a uma "reforma agrária no ensino superior", que redistribuiu o acesso de forma mais justa entre estudantes de diferentes origens sociais e raciais.
"Hoje você entra numa universidade pública e vê que ela mudou de cor. É mais brasileira, mais autêntica e mais inteligente", completou Haddad.
Aulão e protagonismo estudantil
O evento em São Bernardo contou com duas aulas especiais: uma de física, ministrada pela professora Sônia Guimarães, primeira mulher negra doutora em Física e docente do ITA, e outra de redação, com Lívia Eduarda, professora do cursinho popular Professora Clarice, de Salvador (BA).
Os "aulões populares" são uma marca da CPOP e ocorrem aos sábados, em universidades públicas, reunindo estudantes, educadores e convidados. O objetivo é unir conteúdo do Enem com debates sobre cidadania e inclusão, estimulando a participação social e o ingresso no ensino superior.
Em seus discursos, Lula e seus ministros defenderam a continuidade das políticas de democratização do acesso à educação, que vêm desde os primeiros mandatos do presidente.
"As universidades públicas precisam refletir o povo brasileiro. É isso que estamos fazendo: dando oportunidade a quem nunca teve", disse Lula.
Com a expansão da Rede Nacional de Cursinhos Populares, o governo busca transformar o acesso à universidade em um direito efetivo, fortalecendo o papel da educação como motor de mobilidade social e redução das desigualdades.
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