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ECONOMIA

Banco Central sinaliza que manterá juros altos até inflação ceder

Comitê do Banco Central afirma que só reduzirá os juros quando houver confiança na queda da inflação e nas contas públicas.

Congresso em Foco

11/11/2025 9:54

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A nova ata da 274ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (11), reforça que o ciclo de aperto monetário ainda não chegou ao fim. Apesar de alguma moderação na inflação e na atividade econômica, o colegiado considera que as expectativas de inflação seguem desancoradas, o que exigirá juros elevados por um período "bastante prolongado". Na semana passada, o Copom, liderado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, manteve por unanimidade a taxa básica de juros (Selic) em 15%.

O documento descreve um cenário internacional marcado por incertezas persistentes, especialmente quanto à política fiscal e monetária dos Estados Unidos e às tensões geopolíticas. Segundo o Copom, esse contexto demanda "particular cautela" dos países emergentes, já que estímulos fiscais prolongados e a indefinição sobre a condução monetária americana podem pressionar o câmbio e elevar prêmios de risco.

Veja a ata do Copom.

Galípolo foi indicado para a presidência do BC pelo presidente Lula e agora convive com críticas da ministra Gleisi Hoffmann por causa dos juros altos.

Galípolo foi indicado para a presidência do BC pelo presidente Lula e agora convive com críticas da ministra Gleisi Hoffmann por causa dos juros altos.Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress

A manutenção da Selic em 15% incomodou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que não poupou críticas a Galípolo, indicado à presidência do BC pelo presidente Lula. "Acho que ele está errado, é uma taxa estratosférica, é ruim para o desenvolvimento econômico e não está de acordo com os parâmetros da economia brasileira", declarou Gleisi ao SBT News.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também defende a redução da taxa de juros, poupou Galípolo. "Eu tenho uma proximidade muito grande com o Gabriel, foi indicado por mim para diretor do BC, e acredito que está fazendo um bom trabalho no BC, do ponto de vista de uma série de procedimentos que estão sendo adotados pelo BC para coibir uma série de abusos do sistema financeiro, que na verdade, ele herdou", afirmou Haddad em entrevista na segunda-feira (10) à CNN Brasil.

Inflação desacelera, mas segue acima da meta

No cenário doméstico, o Copom observa sinais de moderação do crescimento e mercado de trabalho ainda aquecido, o que mantém a inflação de serviços resistente.

Embora a inflação tenha desacelerado, as projeções continuam acima da meta oficial, com 4,6% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,3% no segundo trimestre de 2027.

O comitê considera a desancoragem das expectativas como "fator de desconforto comum a todos os membros" e afirma que o ambiente requer política monetária mais restritiva e por mais tempo do que o normal.

Mensagem principal: juros altos por mais tempo

A ata mostra que há consenso entre os nove integrantes do colegiado de que o atual nível da Selic é suficiente para conter a inflação, mas precisa ser mantido em território contracionista.

O Copom afirma que continuará vigilante e "não hesitará em retomar o ciclo de alta" caso o processo de desinflação não ocorra como previsto.

A expressão "patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado" resume a orientação do BC: manter pressão sobre os preços mesmo diante da desaceleração da economia.

Fiscal e monetário devem caminhar juntos

O Copom dedicou parte da ata à coordenação entre política fiscal e monetária, afirmando que a falta de disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e a incerteza sobre a estabilização da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra e comprometer o efeito da política monetária.

O colegiado defendeu que as políticas públicas sejam "previsíveis, críveis e anticíclicas", reforçando a necessidade de compromisso com a sustentabilidade fiscal e reformas estruturais.

A ata da 274ª reunião indica que o Banco Central deve manter os juros elevados até que a inflação e as expectativas voltem à meta e haja confiança na sustentabilidade das contas públicas. O tom é de cautela e perseverança: o BC sinaliza que prefere errar pelo excesso de prudência a cortar juros antes da hora.

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