Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Eduardo Bolsonaro se torna réu no STF; o que acontece agora?

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

JUSTIÇA

Eduardo Bolsonaro se torna réu no STF; o que acontece agora?

Ação penal será aberta, com defesa, coleta de provas, depoimentos e interrogatório antes do julgamento final no STF. Os quatro integrantes da 1ª Turma acolheram a denúncia da PGR contra o deputado.

Congresso em Foco

17/11/2025 7:57

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o parlamentar atuou nos Estados Unidos para pressionar ministros do STF e interferir no julgamento da trama golpista que envolve seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes.

Confira a íntegra do voto de Moraes.

Começa, agora, uma nova etapa: a abertura da ação penal.

Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde fevereiro.

Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde fevereiro.Lula Marques/Agência Brasil

A defesa, hoje exercida pela Defensoria Pública da União (DPU), já que o deputado não constituiu advogado, ainda pode apresentar embargos de declaração. É um recurso restrito, usado apenas para pedir esclarecimentos sobre omissões ou pontos obscuros.

Se os ministros aceitarem os argumentos, o caso é arquivado. Se rejeitarem, a ação penal segue normalmente.

Defesa precisa se manifestar

Com a confirmação da denúncia, Eduardo deve apresentar sua defesa por escrito. É nessa peça que poderá contestar o mérito da acusação, pedir análises de documentos, perícias, produção de provas e sugerir testemunhas.

Entre os pontos que a defesa terá de explicar está a atuação do deputado nos EUA, incluindo a articulação do tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciado pelo governo Donald Trump.

Instrução processual: coleta de provas e depoimentos

A fase mais longa e central da ação penal é a instrução processual. Nela, são realizadas:

  • audiências para ouvir testemunhas;
  • perícias e análise de documentos;
  • interrogatório do réu.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decide sobre todos os pedidos da defesa e da PGR. Ele também define quem será ouvido, em que ordem e em quais datas. As audiências são conduzidas pelos juízes auxiliares do gabinete de Moraes, sempre com participação da PGR e dos advogados.

Depois de encerrados os depoimentos e o interrogatório, defesa e PGR apresentam suas alegações finais, última manifestação antes do julgamento.

Julgamento de mérito

Com todas as provas reunidas, Moraes envia o processo para que o presidente da 1ª Turma, ministro Flávio Dino, marque o julgamento final.

Na decisão de mérito, os quatro ministros analisam:

  • o conjunto de provas;
  • o grau de participação do acusado;
  • se houve ou não coação para influenciar o processo.

Eduardo pode ser condenado, com pena prevista de 1 a 4 anos de prisão, além de multa, ou absolvido. Em qualquer cenário, há possibilidade de recurso.

A expectativa no STF é que o desfecho fique para 2026. A 1ª Turma quer concluir primeiro todos os processos ligados aos diferentes núcleos da tentativa de golpe antes de julgar o caso de Eduardo.

Por que Eduardo virou réu

A PGR afirma que Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo atuaram para criar um ambiente de intimidação contra autoridades brasileiras, estimulando represálias estrangeiras para interferir no julgamento do caso do golpe. Figueiredo, no entanto, é investigado em outro inquérito.

Entre as medidas articuladas, segundo a denúncia, estão:

  • sobretaxa de 50% a produtos brasileiros nos EUA;
  • cancelamento de vistos de ministros do Supremo;
  • inclusão de Moraes na Lei Magnitsky, mecanismo de sanções econômicas;
  • medidas que afetaram também outras autoridades, como o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Moraes afirma que o objetivo era "sobrepor os interesses da família Bolsonaro às normas do devido processo legal", valendo-se de ameaças "idôneas e eficazes".

O relator também citou mensagens trocadas entre Eduardo e Jair Bolsonaro que, segundo ele, revelam a intenção de criar obstáculos à atuação de autoridades brasileiras e orientar a estratégia de comunicação do ex-presidente.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e nega ter cometido irregularidades.

Processo: Inq 4.995

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

trama golpista Eduardo Bolsonaro Alexandre de Moraes STF

Temas

Justiça

LEIA MAIS

STF

Mendonça concede prisão domiciliar a esposa de ex-procurador do INSS

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Lindbergh apresenta projeto que acelera cassação de Eduardo

Judiciário

1ª Turma do STF forma maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Da Monarquia à República: o fio que liga 1889 a 2025

2

Investigação

Ex-ministro Silvio Almeida é indiciado por assédio pela PF

3

Tarifaço

Governo Trump remove tarifas sobre café, carnes, frutas e outros

4

Traslado

Deputado propõe translado gratuito a falecidos em todo o país

5

VETERINÁRIOS

Projeto garante adicionais de insalubridade a veterinários

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES