Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Congresso em Foco
23/11/2025 13:38
Após a realização da audiência de custódia de Jair Bolsonaro neste domingo (23), a juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, determinou a manutenção da prisão preventiva do ex-presidente. Com isso, ele permanecerá na superintendência da Polícia Federal ao menos até a segunda-feira (24), quando a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal deverá deliberar sobre o mérito da decisão.
Durante a audiência, Bolsonaro foi questionado sobre o motivo da tentativa de ruptura da sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Ele respondeu ter agido movido por "paranoia" decorrente do uso de medicamentos psiquiátricos, citando a sertralina (antidepressivo) e pregabalina (ansiolítico e antiepilético).
"O depoente afirmou que estava com 'alucinação' de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa. O depoente afirmou que não se lembra de surto dessa natureza em outra ocasião", relatou a juíza na ata da audiência. Bolsonaro alegou ter começado o tratamento há quatro dias antes da tentativa.
Bolsonaro revelou que já possuía o equipamento em casa, e disse que ninguém mais sabia da tentativa de romper o instrumento. "Afirmou que começou a mexer com a tornozeleira tarde da noite e parou por volta de meia-noite. Informou que as demais pessoas que estavam na casa dormiam e que ninguém percebeu qualquer movimentação".
O ex-presidente também negou a intenção de fuga, e que não via possibilidade da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) provocar qualquer tipo de tumulto que pudesse facilitar uma fuga.
Veja a íntegra da ata da audiência de custódia.
Entenda
Jair Bolsonaro teve a prisão preventiva decretada na manhã de sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após a Polícia Federal informar risco de fuga e a violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 do mesmo dia. Durante análise pericial, o ex-presidente confessou que a tentativa de rompimento foi proposital: ele tentou derreter o instrumento com um ferro de solda.
A decisão converteu a prisão domiciliar em preventiva e determinou o recolhimento imediato do ex-presidente à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. O ex-presidente ficou detido na sala de Estado: pequeno quarto com cama, escrivaninha, ar condicionado, televisão, frigobar e armários próprios. Unidades parecidas foram disponibilizadas aos demais ex-presidentes presos em decisões anteriores.
A ordem foi fundamentada em dois pontos centrais: o rompimento do monitoramento eletrônico, a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro nas imediações do condomínio do ex-presidente - o que, segundo Moraes, poderia tumultuar a fiscalização e facilitar a fuga - e as fugas de familiares e aliados. O ministro também ressaltou a proximidade do trânsito em julgado da condenação de Bolsonaro na Ação Penal 2.668.
Tags
Temas
Audiência pública
Reforma administrativa no serviço público vai à debate na Câmara