Bolsonaro não interagiu com celular de Nikolas em visita, diz defesa

A defesa de Jair Bolsonaro respondeu nesta quinta-feira (27) à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que exigiu esclarecimentos sobre as imagens divulgadas pela Globo revelando o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizando o celular durante sua visita à residência do ex-presidente, na última sexta-feira (21). De acordo com os advogados, a ação foi exclusiva do parlamentar, e não houve interação do ex-presidente com o aparelho.

"O peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar", afirmou a defesa.

As imagens capturadas pela emissora por gravação de drone criaram complicações judiciais tanto para Bolsonaro quanto para Nikolas. No mesmo despacho em que cobrou a defesa de Bolsonaro por explicações, Moraes ressaltou que as visitas deveriam atender aos termos das restrições impostas anteriormente, incluindo a proibição do uso de computador e aparelho celular. O congressista alegou não ter sido informado sobre a restrição na residência.

A visita de Nikolas aconteceu um dia antes de Bolsonaro ter sua prisão domiciliar transformada em preventiva, graças à tentativa de ruptura da tornozeleira eletrônica. Desde sábado (22), o ex-presidente está preso na sala de Estado Maior da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A pena se tornou definitiva na terça (24), quando Moraes determinou o início do cumprimento da condenação a 27 anos e três meses de prisão decorrentes da ação penal do golpe.

Processo: AP 2668-DF.