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Violência Política
Congresso em Foco
28/11/2025 | Atualizado às 11:20
A deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) anunciou na quinta-feira (27) que levará ao Conselho de Ética da Câmara e à Procuradoria-Geral da República uma nova representação contra o deputado Coronel Meira (PL-PE), acusando-o de violência política de gênero.
A iniciativa ocorreu após o parlamentar declarar, durante reunião do colegiado, que ela "merecia uma bofetada", momentos depois de o Conselho rejeitar uma denúncia apresentada pelo próprio Meira contra a deputada. A declaração ocorreu justamente no encontro que analisava um processo movido contra ela pelo PL, na terça-feira (25). Veja o momento:
A representação apresentada pelo partido pedia a cassação do mandato da parlamentar em razão de um tumulto ocorrido em 17 de julho, durante a votação de um projeto que flexibilizava regras de licenciamento ambiental. O PL alegava que Xakriabá teria avançado contra o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) com uma caneta sem tampa e que, ao tentar intervir, Coronel Meira teria sido ferido na mão.
A confusão que embasou a denúncia teve início após um embate verbal entre Xakriabá e Kataguiri. De acordo com relatos registrados em plenário, a situação se deteriorou depois que o deputado paulista ironizou o cocar usado pela parlamentar, dizendo que ela estaria com um "cosplay de pavão".
Com o arquivamento da denúncia, prevaleceu a versão defendida pela deputada: a de que não houve agressão.
Para Xakriabá, a declaração de Meira no Conselho, ao dizer que ela "merecia uma bofetada", expõe a recorrência de comportamentos machistas e misóginos no Parlamento e afeta especialmente mulheres indígenas, negras e periféricas.
"Quando um deputado diz que uma mulher 'merecia uma bofetada', ele não atinge apenas a mim, atinge todas as mulheres que ousam ocupar esse espaço e defender o que acreditam."
A deputada pretende pedir que o Conselho de Ética adote as medidas disciplinares cabíveis diante da fala do parlamentar. Ela sustentou que agressões verbais e simbólicas também configuram violência política, e que a responsabilização é necessária para impedir que essas práticas continuem sendo naturalizadas nos espaços institucionais.
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