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Saúde
Congresso em Foco
7/12/2025 | Atualizado às 9:18
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no sábado (6) na Neo Química Arena, em São Paulo, para participar do Sangue Corinthiano, ação de incentivo à doação voluntária de sangue organizada pelo Corinthians. A presença do ministro também marcou o início da campanha de imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no estado.
Padilha já havia se engajado na mobilização em outras ocasiões, tanto como gestor público quanto como médico infectologista. Em participações anteriores, integrou mutirões no Parque São Jorge e em unidades da hemorrede paulista, ressaltando o caráter solidário e contínuo da doação de sangue, além de defender o acesso ampliado à vacinação.
Vacinação contra a bronquiolite
A agenda do último sábado coincidiu com a distribuição das primeiras doses destinadas às gestantes paulistas. O VSR é apontado como principal responsável pelos quadros de bronquiolite em recém-nascidos e por um grande número de internações em crianças pequenas.
O Ministério da Saúde informou que, do lote inicial de 673 mil doses liberadas nacionalmente, cerca de 134,5 mil foram destinadas ao estado de São Paulo, sendo 34 mil exclusivamente para a capital. A compra faz parte de uma estratégia que prevê 1,8 milhão de doses ao longo da campanha, com investimento federal de R$ 1,17 bilhão.
"A vacina contra a bronquiolite protege a gestante e o seu filho que está nascendo. É muito importante vacinar durante a gravidez para que o bebê já nasça protegido."
Padilha ainda destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) garante acesso gratuito ao imunizante, que custa até R$ 1,5 mil na rede privada. A inclusão no SUS foi viabilizada por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório responsável pela tecnologia, o que permitirá que o Brasil produza a vacina futuramente e fortaleça sua autonomia na área.
Impacto do vírus no país
Segundo dados oficiais, o VSR responde por aproximadamente 75% dos registros de bronquiolite e por cerca de 40% dos quadros de pneumonia em crianças menores de dois anos. Em 2025, até 15 de novembro, o Brasil contabilizou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave atribuídos ao vírus; mais de 82% das hospitalizações foram de bebês e crianças dessa faixa etária.
Como se trata de infecção predominantemente viral, não há medicamento específico para combater a doença. O tratamento consiste em suporte clínico, hidratação, broncodilatadores quando há chiado e oxigênio conforme a necessidade de cada paciente.
Quem poderá receber a dose
A imunização será oferecida prioritariamente a gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, uma dose por gestação. O Ministério orientou que as Unidades Básicas de Saúde aproveitem o atendimento para atualizar outras vacinas recomendadas durante a gravidez, como a contra influenza e a da Covid-19. A administração simultânea é permitida.