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TENTATIVA DE GOLPE

Amin vai relatar no Senado projeto que reduz pena de Bolsonaro

Senador catarinense foi designado relator da proposta que alivia punição para acusados de tentativa de golpe. Texto foi enviado em tempo recorde pela Câmara à comissão.

Congresso em Foco

10/12/2025 | Atualizado às 9:31

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O senador Esperidião Amin (PP-SC) foi escolhido para relatar, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o projeto de lei que reduz penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O texto chegou ao Senado em tempo recorde, poucas horas após ter sido aprovado nesta madrugada pela Câmara dos Deputados.

A velocidade incomum da tramitação — do plenário da Câmara para a CCJ do Senado ainda no mesmo dia — pegou parlamentares de surpresa e acentuou a tensão em torno da proposta, considerada uma das mais sensíveis desde as condenações do STF relacionadas à tentativa de golpe de Estado. Amin é aliado de Bolsonaro e já defendeu publicamente a anistia para o ex-presidente e outros condenados.

Espiridião Amin vai relatar o projeto que pode reduzir a pena de Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe.

Espiridião Amin vai relatar o projeto que pode reduzir a pena de Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe.Edilson Rodrigues/Agência Senado

A matéria pode diminuir substancialmente as penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive a do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Caso aprovada pelos senadores e sancionada pelo presidente Lula, a regra pode permitir que Bolsonaro deixe o regime fechado em menos de três anos, segundo cálculos do relator na Câmara.

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Votação surpresa na Câmara e envio acelerado ao Senado

O texto foi aprovado por 291 votos a 148, após quase cinco horas de debates intensos em um plenário marcado por protestos, tumulto e retirada forçada do deputado Glauber Braga (Psol-RJ).

Logo depois da votação, o projeto foi remetido ao Senado, onde a CCJ foi acionada de imediato para iniciar a análise.

A escolha rápida de Esperidião Amin como relator indica que a cúpula do Senado pretende dar andamento célere ao tema, embora integrantes da base governista defendam uma tramitação "sem pressa" diante do potencial impacto judicial e político da proposta. O próprio presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), que faz parte da base governista, criticou a celeridade anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), na tarde dessa terça-feira.

Não há confirmação, ainda, de quando o projeto será votado pela comissão nem pelo Plenário.

Pena única para crimes sobrepostos

O projeto aprovado na Câmara é um substitutivo do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ao PL 2.162/2023, originalmente apresentado por Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), cujo texto inicial previa anistia ampla — retirada na versão final.

O substitutivo altera de forma significativa a dosimetria das penas. Crimes de tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, não terão mais suas penas somadas.

Passa a valer apenas a pena mais grave, de 4 a 12 anos de prisão.

O STF havia somado as penas desses dois crimes, o que resultou em condenações que chegaram a 24 anos para integrantes do núcleo central da tentativa de golpe, incluindo Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos.

Segundo oposicionistas, se o novo critério vigorar, Bolsonaro poderia cumprir cerca de 2 anos e 4 meses no regime fechado — número que pressupõe remição de dias de pena por estudo ou trabalho. Sem remição, cálculos apontam para algo entre 3 anos e 4 meses e 4 anos e 2 meses.

Mudanças na progressão de regime atingem crimes além do 8 de Janeiro

O projeto também altera regras gerais de progressão de regime:

  • Réus primários poderão progredir com 16% da pena cumprida, independentemente de o crime envolver violência ou grave ameaça.
  • Reincidentes terão progressão com 20%, em vez dos atuais 30%.
  • A mudança beneficia um conjunto mais amplo de condenados, incluindo crimes como roubo, extorsão e sequestro — que envolvem grave ameaça, mas não são considerados hediondos.
  • Crimes contra a vida e contra o patrimônio praticados com violência ou grave ameaça continuam exigindo 25% da pena para progressão.

Desconto de pena também na prisão domiciliar

Outro ponto polêmico é a permissão para que presos em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica possam reduzir dias de pena por trabalho ou estudo — medida hoje reconhecida pelo STJ, mas contestada no STF.

O desconto será de um dia de pena a cada três dias trabalhados, desde que a atividade seja possível de fiscalizar.

Redução de pena para atos cometidos em massa

O texto também prevê redução de 1/3 a 2/3 das penas para condenados que tenham participado de tentativa de golpe ou de abolição violenta do Estado Democrático de Direito em contexto de multidão, como ocorreu no 8 de Janeiro.

Foram rejeitados todos os destaques apresentados por PSB, Psol-Rede e PT-PCdoB-PV, que buscavam:

  • restringir as mudanças na progressão,
  • retirar a remição no domiciliar,
  • impedir a pena única,
  • e limitar a redução automática para atos em massa.

A sessão foi marcada por forte tensão, com a retirada de Glauber Braga do plenário, corte do sinal da TV Câmara e cenas de truculência da Polícia Legislativa contra jornalistas.

Reações: governo critica; oposição celebra

Partidos governistas afirmam que o projeto abre caminho para impunidade e "interfere em condenações transitadas em julgado".

Para a líder do Psol, Talíria Petrone, a votação foi "um ataque à democracia".

Já oposicionistas dizem que o STF aplicou punições "excessivas" e que o texto corrige distorções. Marcel van Hattem (Novo-RS) declarou que o projeto "não é anistia, mas um alívio para pessoas que não tiveram papel central".

Com Esperidião Amin na relatoria, caberá à CCJ decidir se o projeto será analisado imediatamente ou se passará por audiências e debates mais longos.

Após análise na CCJ, o projeto segue para o Plenário do Senado. Se aprovado, vai à sanção do presidente Lula, que pode vetar total ou parcialmente o texto.

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