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Retrospectiva

Congresso transformou apelos sociais em propostas legislativas em 2025

De publicações de influenciadores a crises sanitárias, relembre cinco reivindicações populares que se tornaram pautas no Legislativo.

Congresso em Foco

30/12/2025 7:00

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O ano de 2025 foi marcado por repercussões nas redes sociais que chegaram ao Congresso e foram convertidas em projetos de relevância nacional ou trouxeram celeridade a matérias que já estavam em tramitação.

De publicações de influenciadores a crises sanitárias, neste ano Câmara e Senado trouxeram luz a pautas do povo. Relembre cinco reivindicações sociais importantes que foram levadas ao Legislativo.

Relembre pautas populares que tramitaram no Congresso em 2025.

Relembre pautas populares que tramitaram no Congresso em 2025.Arte Congresso em Foco

Adultização vira pauta após vídeo do Felca

Em agosto, a Câmara dos Deputados reagiu ao vídeo "Adultização", no qual o influenciador Felca denunciou a exploração e sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais. Em menos de 48 horas após a publicação, mais de 30 projetos de lei foram apresentados, com propostas que iam desde a criminalização específica da "adultização infantil" e de conteúdos sexualmente sugestivos com menores, até o bloqueio imediato de perfis, perda do poder familiar em casos de exploração e punições severas a pais, influenciadores e plataformas que permitam ou monetizem esse tipo de conteúdo.

Um mês depois, o resultado concreto foi a sanção do chamado ECA Digital (15.211/2025), que atualiza o Estatuto da Criança e do Adolescente para o ambiente online. A nova lei torna obrigatória a vinculação de contas de menores de 16 anos a responsáveis, exige verificação de idade, proíbe a monetização e o impulsionamento de conteúdo erotizado com crianças e adolescentes, veda acesso a jogos com loot boxes e determina a remoção imediata de conteúdos ligados à exploração sexual, violência e publicidade enganosa, com multas de até 10% do faturamento.

A publicação não movimentou o Congresso somente na tramitação de propostas, mas repercurtiu também nas redes sociais e em discursos de parlamentares. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a citar o vídeo publicado pelo influenciador como impulso para pautar projetos em Plenário. "O vídeo sobre a adultização das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros. Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade", escreveu Motta.

Na semana seguinte à publicação, Felca foi citado 26 vezes por deputados de diferentes partidos. Parlamentares tanto defenderam mudanças na legislação quanto criticaram o governo por suposto uso político do episódio. Apesar da movimentação, a maioria dos projetos permanecem parados, em aguardo de despacho.

Regulação das bets é tema de CPI no Senado

Embora 2025 tenha sido o primeiro ano completo com o mercado de apostas esportivas de quota fixa regulado (14.790/2023), após regulamentação detalhada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, deputados e senadores ainda interpretaram o avanço das bets como um chamado para endurecer as regras.

Em meio ao cenário de aumento de casos de endividamento e problemas de saúde mental ligados às apostas, suspeitas de lavagem de dinheiro e ligação com organizações criminosas e pressão social após casos de manipulação de resultados esportivos, a Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets apresentou um pacote com 17 projetos para endurecer regras do setor, pauta enterrada quando o relatório da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi rejeitado pelo colegiado.

A comissão se popularizou por ter oitivas com influenciadoras digitais como Virginia Fonseca e Deolane Bezerra, as quais seriam indiciadas caso o parecer de Thronicke tivesse sido aprovado. Apesar do revés, a senadora enviou o conteúdo do relatório diretamente ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Ministério da Fazenda, sem respostas.

Outro campo das bets que recebeu atenção do Congresso neste ano foi o de tributação. A elevação do imposto foi adicionada ao projeto de lei complementar de outro tema por sugestão do governo. O texto, aprovado na Câmara e no Senado, prevê aumento na alíquota sobre a receita bruta das casas de apostas dos atuais 12% para 13% em 2026, 14% em 2027 e 15% em 2028.

Por outro lado, a preocupação com as propagandas enganosas avança para 2026. Entre as propostas apresentadas com o tema, destaca-se a Proposta de Emenda à Constituição 49/2025 que iguala regras de propagandas de bets às propagandas de cigarros, bebidas alcoólicas e medicamentos. O texto, do deputado Luciano Ducci (PSB-PR), alcançou o número mínimo de assinaturas para apresentação em dezembro.

Projeto de 2007 anda com crise do metanol

A onda de intoxicações causadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, especialmente em São Paulo, foi outra pauta social que adentrou o Congresso em 2025. O Ministério da Saúde contabilizou, em outubro, 246 notificações no país, dos quais 29 casos foram confirmados. A crise sanitária levou a Câmara a aprovar, em regime de urgência, projeto que aumenta as penas para quem falsificar ou adulterar bebidas e alimentos.

O projeto de lei 2.307/2007, relatado pelo deputado Kiko Celeguim (PT-SP), tramitava na Casa desde 2007. Em caso de morte do consumidor, a proposta aumenta a pena para 15 anos, além de criminalizar a posse de embalagens, rótulos, tampas, selos e equipamentos usados na falsificação de bebidas, com previsão de reclusão de quatro a oito anos.

No Senado, a crise do metanol foi tema de debate na Comissão de Assuntos Sociais, resultado de requerimento do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). A iniciativa foi realizada em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos, a qual Damares Alves (Republicanos-DF) preside.

Nas redes sociais, Damares comemorou a audiência pública. "O Estado brasileiro precisa dar uma resposta imediata a essa máfia da adulteração de bebidas. Temos que aumentar pena, temos que aumentar a fiscalização. Outros debates vão se seguir, é importante dar as respostas que nossa sociedade espera", escreveu.

Insatisfação popular com "taxa das blusinhas" motiva projetos de lei

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) buscou, em 2025, retirar a alíquota de 20% em compras internacionais de até US$ 50, criada pela Lei 14.902/2024. Para o parlamentar, o projeto de lei 3.261/2025 reduz encargos ao consumidor e estimula o comércio digital. Na Câmara, o texto ainda aguarda deliberação nas comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Kataguiri defendeu, em suas redes sociais, que a taxação atinge os mais pobres e pediu pressão popular para que outros parlamentares assinassem requerimento de urgência para a matéria.

"Enquanto banqueiros lucram como nunca, o pobre é taxado cada vez mais. Me ajude a consertar a lambança do governo, cobrando o seu deputado para assinar a urgência do meu projeto que revoga a taxa das blusinhas."

Proposta semelhante foi apresentada pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). No texto, o parlamentar argumenta que a taxação prejudica "famílias que dependiam do acesso a produtos importados mais baratos para atender necessidades básicas".

Regulação dos influenciadores

À medida que criadores de conteúdo passaram a ter um peso nas redes sociais, a regulamentação de influenciadores digitais ganhou força também no Congresso. Uma das propostas foi apresentada pela deputada Roberta Roma (PL-BA), que propôs estabelecer direitos e deveres, normas de transparência e publicidade digital (5.436/2025).

A matéria prevê consequências legais para anúncios de produtos ou serviços ilícitos, enganosos ou potencialmente prejudiciais à saúde, segurança ou direitos do consumidor, além de propaganda disfarçada. Apensado a outro projeto de mesmo tema, o texto aguarda parecer na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.

Já o deputado Vicentinho Júnior (PP-TO) propôs que criadores de conteúdo sejam proibidos de divulgar informações sobre assuntos como medicamentos, finanças e procedimentos médicos, se não possuírem formação ou certificação adequada (5.990/2025).

Em outro projeto, Hugo Leal (PSD-RJ) sugeriu incluir influenciadores digitais que promovem jogos de azar e apostas online no rol de "pessoas obrigadas" pela Lei de Lavagem de Dinheiro a prestar esclarecimentos de controle financeiro (1.057/2025).

Duas outras propostas apresentadas na Câmara versam sobre a profissão quando aplicada a crianças e adolescentes. O projeto 2.602/2025, do deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE), prevê que no mínimo 50% das receitas obtidas pelo "influenciador digital mirim" sejam depositadas em caderneta de poupança. Com mesmo propósito de resguardar a infância, Duda Salabert (PDT-MG) propôs fixar carga horária máxima de até quatro horas diárias (2.310/2025).

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