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Le Brésil n'est pas un pays sérieux

Congresso em Foco

14/9/2007 | Atualizado 16/9/2007 às 6:12

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Curt Nees*

A frase que dá título a este texto, “O Brasil não é um país sério”, atribuída ao general e estadista francês Charles de Gaulle, precisa hoje mais do que nunca ser repensada. Eu diria que somos um país muito sério, em especial o nosso povo, que é sério até demais. O que deixa a desejar, e muito, são os nossos políticos, em todos os níveis e em uma parcela muito grande, e que fazem com que a frase supostamente dita pelo general francês se perpetue para todo o sempre.

Dirigindo-me aos 513 deputados federais e aos 81 senadores da República – e, em especial, aos três representantes de Santa Catarina no Senado e aos 16 ilustres parlamentares que falam por nós na Câmara –, quero deixar expressa a minha indignação com os fatos que ocorreram nesse fatídico 12 de setembro, nas entranhas do poder. O empurra-empurra do lado externo do plenário do Senado em nada se compara com os fatos ocorridos no seu interior... uma verdadeira barbárie, um tapa na cara da sociedade, um desrespeito à democracia!

Vejam, por exemplo, o que disseram os ilustres senadores catarinenses, após o último ato teatral, e que culminou com os tradicionais tapinhas nas costas entre muitos: "Um clima ruim e uma situação desagradável", definiu Raimundo Colombo (DEM), que ainda afirmou que votou a favor da cassação de seu colega de Casa.

Já a petista Ideli Salvatti acredita que o resultado estampou o que já se falava e "foi uma decisão difícil", com todas as bancadas divididas. Neuto de Conto, que integra o partido de Renan, o PMDB, disse que "votou a favor da sociedade catarinense". E acrescentou: "Eu já declarei meu voto ontem, a favor do povo. Amanhã sai que eu votei contra o senador Renan...".

Não tenham dúvidas, caros leitores de todos os cantos do Brasil, que os parlamentares do seu estado devem ter dito algo muito próximo disso. Confiram nos jornais locais. Não terão nenhuma surpresa, podem acreditar. É isso que o nefasto, o nojento, o cretino voto secreto faz... deixa o dito pelo não dito e fica tudo por isso mesmo.

Aproveito ainda para esclarecer aos dignos representantes no Congresso o significado de “poder Legislativo”, após consultar a Wikipédia:

"O poder Legislativo é o poder de legislar, criar e sancionar as leis.

No sistema de três poderes proposto por Montesquieu, o poder Legislativo é representado pelos legisladores, homens que devem elaborar as leis que regulam o Estado. O poder Legislativo na maioria das repúblicas e monarquias é constituído por um Congresso, Parlamento, Assembléias ou Câmaras.

O objetivo do poder Legislativo é elaborar normas de direito de abrangência geral ou individual que são aplicadas a toda sociedade, objetivando a satisfação dos grupos de pressão; a administração pública; em causa própria e distender a sociedade. Em regimes ditatoriais o poder Legislativo é exercido pelo próprio ditador ou por Câmara Legislativa nomeada por ele. Entre as funções elementares do poder Legislativo está a de fiscalizar o poder Executivo, votar leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o presidente da República ou os próprios membros da Assembléia."

Faltou dizer, em julgar, que isso deve ser de forma transparente, direta, aberta. Também já li que "os representantes eleitos em uma democracia – quer sejam membros de um Parlamento, de uma Assembléia ou de um Congresso – estão lá para servir ao povo."

Em tempo: o uso de negrito em algumas palavras é meu.

Pergunta que não quer calar: é impressão minha ou o quorum maciço dos 81 senadores que se fizeram presentes na última quarta-feira é diferente do comparecimento dos referidos no dia-a-dia – de terça à quinta, lógico! – dos membros do Senado?

Outra, ainda: será que não está na hora de repensar o Senado?

Ah, antes que eu esqueça. Senhores deputados federais e senadores por Santa Catarina, eventuais candidatos à reeleição em 2010: não me procurem, não percam o seu tempo – e, principalmente, não percam o meu! – pois não votarei em nenhum dos senhores. Minha paciência tem limite... e esse já se esgotou. Esqueçam-me, assim como eu já os esqueci. E fica o dito pelo não dito!

* Curt Nees, 60, é publicitário em Jaraguá do Sul (SC). E-mail: [email protected].

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