Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Para que nunca mais aconteça

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Para que nunca mais aconteça

Congresso em Foco

16/4/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:09

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus. Amazonas foi um dos estados mais afetados pela pandemia. Foto: Altemar Alcântara/Secom Manaus

Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus. Amazonas foi um dos estados mais afetados pela pandemia. Foto: Altemar Alcântara/Secom Manaus
Jean Paul Prates* O rastro deixado pelas bombas atômicas detonadas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki, no final da Segunda Guerra Mundial, é muito maior e mais profundo do que o número de mortos em consequência da explosão - não há cálculos unânimes, mas reporta-se até 210 mil vítimas fatais. A radiação das bombas norte-americanas deixou marcas profundas no território atingido, nos corpos dos sobreviventes e das gerações seguintes, na alma japonesa e na consciência da humanidade inteira. O conhecimento daquele horror tem sido fundamental para deter novas investidas nucleares. A denúncia da maior chaga da Segunda Guerra, os campos nazistas onde foram exterminados integrantes do povo Judeu - e também integrantes do povo Rom, comunistas, dissidentes, homossexuais e portadores de deficiência - têm sido um recurso fundamental para impedir que a atrocidade se repita. No Brasil, infelizmente, não temos o hábito de expor nossas feridas ao Sol. Escamoteamos a triste herança da escravidão, conciliamos com o machismo e não tivemos a coragem histórica de punir os crimes da ditadura, por exemplo. O resultado é que sangramos todos os dias com o extermínio da população negra, estremecemos com o registro de um feminicídio a cada sete horas e apenas coramos - os decentes - ao ver um torturador ser homenageado no Plenário de uma Casa Legislativa. Nos encolhemos diante da acusação de "revanchismo" e desconversamos frente aos indícios de conivência. Não, nós não somos um povo mau. A dor e a perplexidade que a maioria de nós sente diante do sofrimento de uma criança espancada até a morte é sincera. O luto quase coletivo pelos 362 mil mortos na pandemia é real e doído. Mas já passou da hora de deixar pra lá o horror, uma vez que ele sai das manchetes. Crimes têm que ter consequências para quem os pratica. Não é vingança, não é revanchismo. É cura e prevenção. Essa é a minha expectativa com a CPI da Covid que, finalmente, vai começar a funcionar no Senado. Para isso, foi preciso enfrentar o tsunami de fake news, as ameaças e a truculência de Bolsonaro e seus asseclas. Foi preciso recorrer à justiça. Mas o que importa é que haverá investigação. Como senador da República e como cidadão, estou confiante que a CPI da Covid identifique cada ação e cada omissão dessa arquitetura sinistra que matou 362 mil dos meus compatriotas. Confio que identificaremos os responsáveis, para que esses enfrentem as consequências de suas escolhas e seus atos. Que venham à luz todas as feridas. Todas as violações, faltas e pecados. Não é revanchismo, é justiça. Desvendar o mal é também o ponto de partida para que possamos tomar as providências necessárias para evitar a repetição da tragédia. O dever do Senado é investigar, punir e publicizar. Para que nunca mais aconteça. *Jean Paul Prates é senador da República pelo Rio Grande do Norte e Líder da Minoria no Senado > Leia mais textos do autor. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

nazismo escravidão Segunda Guerra Mundial população negra Jean-Paul Prates covid-19 pandemia covid CPI da covid

Temas

Fórum Colunistas

LEIA MAIS

Fórum BRICS

Hugo Motta destaca importância da união entre países membros do BRICS

Atuação Parlamentar

Suplente de Zambelli reforça bancada militar e coleciona polêmicas

Álcool 70%

Comissão aprova projeto que libera venda de álcool etílico 70% líquido

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

JUDICIÁRIO

Moraes determina soltura do ex-ministro Gilson Machado, preso em PE

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES