O Brasil começará a conhecer os resultados das eleições presidenciais a partir das 19h do dia 1º de outubro, duas horas depois do encerramento das votações em todo o país, isso foi o que afirmou hoje (27) o diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho. Nesse horário, 30% dos votos de cada estado já estarão apurados. De acordo com Fontoura, às 22h de domingo boa parte dos estados já estará com os dados 100% apurados.
Ainda sobre a votação, o diretor-geral explicou melhor como funcionará o processo de fechamento das urnas em cada seção eleitoral (que este ano passará das 320 mil de 2002 para 380 mil, com 1,6 milhão de mesários). Segundo ele, depois das 17h quando será encerrado o período de votação, o presidente de cada estabelecimento eleitoral realizará o rito de encerramento, que consiste na aplicação das senhas na urna para totalizar os votos.
O resultado final sairá impresso e será colocado na porta de cada seção para permitir a conferência dos partidos. Depois, o presidente romperá o lacre da urna e levará os dados, que estarão criptografados, para o lugar de onde será encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). E de lá, partirá para o TSE.
Conforme afirmou Fontoura, os primeiros estados a entregarem os dados deverão ser os da região Sul e os últimos deverão ser os do Norte. Principalmente, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, que são os locais de mais difícil acesso (esses quatro enviarão os resultados via satélite por meio de um computador portátil).
Fontoura também disse que 90% das urnas já estão prontas para o dia do pleito, e guardadas nos fóruns regionais e cartórios das cidades de todo o Brasil. Sendo que, a entrega de todas se dará entre o sábado (30) e o domingo (1/10). Além disso, ainda existem 50 mil urnas reservas.
"Essas urnas serão entregues de avião, helicóptero, barco, lombo de burro, carregado nas costas, não importa. O que importa é que serão entregues", afirmou o diretor-geral.
Por fim, Fontoura destacou que o custo das eleições deste ano, sem contar um provável segundo turno, será de R$ 550 milhões (soma dos gastos para todos os cargos). No caso de um segundo turno, serão R$ 600 milhões, o que representa 25% a mais do que foi gasto em 2002, quando os dois turnos custaram R$ 480 milhões.(Renaro Cardozo)