Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Bolsonaro quer que quebrem a democracia por ele

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Bolsonaro quer que quebrem a democracia por ele

Congresso em Foco

27/4/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:37

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A Universidade de Gotemburgo publicou o seu Relatório da Democracia 2021, que indica um declínio democrático entre as nações do planeta, incluindo o Brasil (foto: Reprodução)

A Universidade de Gotemburgo publicou o seu Relatório da Democracia 2021, que indica um declínio democrático entre as nações do planeta, incluindo o Brasil (foto: Reprodução)
Giovanni Mockus * São poucos, quase raros, os dias em que o presidente Jair Bolsonaro não surpreende o mundo e deixa perplexo qualquer cidadão imbuído de pensamento crítico, seja este de direita, esquerda ou de qualquer outro campo político-ideológico. >Senador vai ajustar PL do saneamento para atender municípios pobres Os recorrente ataques à imprensa livre, às instituições democráticas e aos pilares republicanos que sustentam nossa Nação reforçam um repertório autoritário e nocivo a qualquer concepção de futuro balizado em direitos e liberdades individuais e coletivas. Ataques esses que partem, de forma surpreendente, diretamente do Palácio do Planalto, do Gabinete do Ódio. Linhas foram cruzadas e limites rompidos. Limites que nunca haviam sido sequer aventados de vencimento pelos atos mais autoritários e projetos de poder de governos anteriores. A democracia sempre foi um limite muito bem estabelecido para todos, desde 1988. Se antes convivemos com a retórica da "ameaça comunista", agora essa fantasia cede espaço para os desejos concretos de um Estado Autoritário. E não há o menor exagero em afirmar isso, principalmente depois da presença pessoal do presidente da República em um ato que abertamente clamava pelo fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Lula, Dilma e Fernando Henrique Cardoso nunca estiveram em uma manifestação que tinha como pauta principal a implementação de medidas autoritárias e ditatoriais no Brasil. Bolsonaro não só esteve, como também participou e endossou tais atos. Está claro que Bolsonaro quer forçar uma quebra institucional. Mas como um covarde que é, quer que alguém dê esse passo. Quer que o Congresso abra o processo de impeachment. Quer que o Supremo limite seu poder de atuação. Quer que alguém jogue gasolina no pavio que ele próprio acendeu para, aí sim, dar o golpe que tanto ensaiou em sua cabeça e então justificar dizendo "começaram primeiro". Nos corredores do Congresso Nacional, a reflexão é sobre qual a ferramenta constitucional mais adequada para enfrentar essa crise. A crise gerada e alimentada cotidianamente pela própria Presidência da República. Que coloca na berlinda o Brasil pós-redemocratização e ameaça jogar a Nação de volta a um período de autoritarismo, onde prevalecia a cassação de direitos civis e políticos, prisões ilegais e tortura como forma de dominar a narrativa e manter o poder sobre o Estado. Será que temos ferramentas constitucionais para enfrentar essa crise? Será que a nossa tão jovem democracia se sustenta após tantos ataques vindo de dentro? Os pesos e contrapesos constitucionais protegem o Estado de forma eficaz quando os ataque vêm de fora para dentro, mas não de dentro para fora. Não quando a narrativa é construída e reforçada sob alicerces de notícias falsas. Não quando o ódio e a cegueira coletiva tomam o lugar, de forma tão estrutural, do raciocínio lógico e do pensamento crítico. Consequência das décadas de sucateamento da nossa educação, com certeza, mas também de um plano que está sendo muito bem executado para a manutenção do poder. Poder pelo poder ao custo da liberdade e da democracia. Precisamos parar de tratar Bolsonaro e seu clã como um grupo de ignorantes, desprovidos de racionalidade. Pode até ser - e não podemos descartar isso - que no começo era mesmo um "tiozão do pavê" que se manteve na Câmara dos Deputados por 30 anos, sustentado por chavões e pela intimidação eleitoral da milícia carioca. Entretanto, a partir do momento em que se alcança o Palácio do Planalto, o cargo mais alto da República, os interesses mudam. As motivações ganham horizonte e perspectiva. As peças passam a fazer parte de um plano mais amplo. E é isso que Jair Bolsonaro é: uma peça, um peão. Mas um peão que sabe muito bem o que está fazendo. Que sabe muito bem a serviço do que está, e que está sendo orientado. Cada aparição em público, pronunciamento nas redes sociais, e notícias falsas disparada são pensadas e repensadas estrategicamente. Não há a intenção aqui de se formular mais uma teoria da conspiração. Só que não podemos mais ignorar o que está acontecendo com o nosso país. Não podemos mais relativizar e esticar os limites da democracia a cada passo autoritário que Bolsonaro dá. O objetivo é uma quebra do regime democrático. Isso está claro, da mesma forma como está claro que Bolsonaro quer que alguém faça isso por ele. A reflexão posta: temos ferramentas Constitucionais para enfrentar essa ameaça democrática sem explodir a República durante processo? * Giovanni Mockus é coordenador legislativo da Rede Sustentabilidade na Câmara de Deputados, além de porta-voz estadual da Rede SP e líder Raps. Para mais opiniões nas redes sociais, ver @giovannimockus. >Mais textos do autor Giovanni Mockus
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

STF Lula Câmara Congresso em Foco impeachment Congresso Nacional Dilma democracia FHC Jair Bolsonaro crise política

Temas

Fórum Judiciário Governo Colunistas Congresso

LEIA MAIS

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

Propostas legislativas

Mês do Orgulho: veja projetos em prol da comunidade LGBTQIAPN+

JUDICIÁRIO

Moraes determina soltura do ex-ministro Gilson Machado, preso em PE

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

2

RETRATAÇÃO

Ex-ministro da Defesa pede perdão ao advogado após depoimento no STF

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Prefeito de BH mostra bunker e relata tensão em Israel: "Só em filme"

4

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

5

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES