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Congresso em Foco
5/12/2007 | Atualizado às 21:02
Lúcio Lambranho e Eduardo Militão
Senadores da base e da oposição vêem com reservas a pré-candidatura à presidência do Senado de parlamentares que respondem a processos na Justiça – caso de Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Neuto de Conto (PMDB-SC). Para Osmar Dias (PDT-PR), o momento exige certa cautela.
“Para ser processado, a pessoa tem que ser julgada, mas, no caso do Senado, neste momento, seria recomendável alguém que não tivesse problemas desse tipo”, afirmou Dias. O líder do DEM, José Agripino (RN), foi sucinto: “São elementos que não somam”.
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Osmar Dias ressalva que a análise prévia das pendências judiciais dos pré-candidatos também deve ser cautelosa. Como eles sequer foram escolhidos pelo PMDB para tentarem suceder Renan Calheiros, que renunciou ao cargo esta semana, isso pode ser uma tentativa interesseira de “fritar” nomes. “A gente faz pré-julgamento, perde tempo e isso pode ser para queimar nomes e colocar outros no lugar. Nessa eu não caio mais.”
Defensor da candidatura do peemedebista Garibaldi Alves (RN), Geraldo Mesquita (PMDB-AC) também não vê com simpatia o fato de colegas processados no Supremo Tribunal Federal desejarem dirigir a Casa. “Seria desejável o perfil de alguém que fosse escoimado dessas questões”, afirma. Para Mesquita, o Senado precisa resgatar seu vínculo com a sociedade.
Essa é a mesma opinião de Efraim Morais (DEM-PB). Ele acredita que a imagem da instituição precisa ser recuperada. “Como temos tempo suficiente até terça-feira [dia da escolha do nome do PMDB], eu espero que haja uma autocrítica dos candidatos e haja um consenso”, comentou.
Processados em potencial
Para Tasso Jereissati (PSDB-CE), responder processos é um impeditivo à sucessão de Renan. “Claro, mas depende do nível do processo. Temos que ver se é uma coisa grave, porque processados, todo mundo pode ser”, opinou.
O líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), defendeu Neuto e Quintanilha. “Eu acho que esse negócio de processo... Tem processos e processos. Tem uns em que se é réu solidário”, afirmou. O próprio Raupp responde a quatro questionamentos no Supremo, três inquéritos e uma ação penal. Era o senador com mais processos na Casa, segundo levantamento do Congresso em Foco.
Esse é um dos motivos de ele não tentar suceder Renan Calheiros. Ontem, porém, Raupp não admitiu: “Agora não é a hora”, afirmou.
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