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Congresso em Foco
29/3/2020 18:30
Quando escolhe o caminho do confronto em lugar do chamamento à união, quando escolhe ignorar as orientações dos médicos, inclusive daquele que escolheu como Ministro da Saúde, Bolsonaro faz uma aposta de altíssimo risco para a população brasileira.
Ainda que o estilo populista disfarce, estamos diante de um homem que venceu uma campanha histórica contra o grupo político que tinha hegemonia no comando do país há décadas. Alguém que soube catalisar o desejo de mudança que gritava nas ruas, mesmo sem apoio de nenhuma força política tradicional ou grandes recursos. Não pode ser tratado como ingênuo ou simplório. Bolsonaro sabe onde quer chegar.
O que ele aparenta estar buscando é o agravamento de uma ruptura política que justifique uma eventual tentativa de auto-golpe. Aposta no agravamento da divisão nacional para fortalecer a narrativa de vítima e justificar seu projeto de poder que não aceita os limites impostos pela democracia. Repete trajetória já vista diversas vezes na história.
Ironia do destino, foi justamente a democracia que permitiu sua legítima chegada ao poder. Os limites do que pode e do que não pode fazer um governante estão claros na nossa Constituição.
Bolsonaro rompeu estes limites, justamente na hora em que a população mais precisa de uma liderança positiva. A solução deste impasse vai exigir equilíbrio e coragem para fazer o necessário neste momento tão grave da nossa história, mas sempre dentro dos limites democráticos, sempre no estrito respeito à Constituição.
É com base nela que atos abusivos e equivocados serão corrigidos imediatamente. E é também com o mesmo respaldo legal que as responsabilidades individuais serão apuradas.
Por hora, a escolha do Congresso Nacional deve ser salvar vidas pela saúde e pela economia.
* Alessandro Vieira é senador pelo Cidadania de Sergipe
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